Blumenau está no grupo das 100 melhores do país

As seis cidades mais bem colocadas no ranking estadual de desenvolvimento humano – Blumenau, Florianópolis, Brusque, Pomerode, Joinville e Chapecó – também integram o seleto grupo das 100 melhores do país. Blumenau, nosso melhor índice, ocupa a 39ª posição geral e a quinta entre as cidades da Região Sul. Acima dela, o domínio do interior paulista é quase absoluto – 32 de 38 cidades, incluindo Barueri (0,9303), a grande campeã nacional.

De volta a Santa Catarina, o destaque entre as 10 cidades mais desenvolvidas é Balneário Camboriú, que subiu da 20ª para a 10ª posição por ter melhorado em todos os quesitos, principalmente em saúde. Na parte de baixo do ranking, sete das 10 cidades pior classificadas são novas no grupo.

Coube à pequena Ponte Alta do Norte, de 3 mil habitantes no Meio-Oeste, a pior colocação estadual (0,5171). No âmbito nacional, a cidade ocupa apenas 4.910ª posição entre 5.564 municípios brasileiros.

Uma boa parcela do resultado pode ser explicada pelo item emprego e renda, na qual Ponte Alta também ficou em último. A cidade, que tem como principais atividades econômicas extração de madeira e agricultura, recuou 12 posições no ranking e seu índice geral caiu 9,7% se comparado a 2007.

– Todos esses municípios apresentam mercados de trabalho formal muito frágeis. Os índices de educação e saúde são moderados ou regulares, mas o de emprego e renda puxa esses resultados para baixo – analisa Guilherme Mercês, gerente de estudos econômicos do Sistema Firjan.

SC apresenta bom desenvolvimento absoluto

Ponte Alta do Norte é uma exceção. Além dela, apenas outras 12 cidades catarinenses obtiveram índices considerados regulares. E a boa notícia é que o grupo reduziu desde a última pesquisa e engloba 4,4% dos 293 municípios do Estado.

Para Mercês, Santa Catarina não vai bem somente em relação ao resto do país, mas o índice atual representa um bom desenvolvimento absoluto.

– Independentemente das comparações, o Estado vai bem. É fácil perceber. 96,2% dos municípios estão melhor do que em 2000 e 66,2% evoluíram em relação a 2007. Além disso, cada um dos índices é consistente – pondera ele.

O desafio real é fazer com que as 263 cidades catarinenses de médio desenvolvimento continuem avançando. A pesquisa da Firjan mostrou que muitos municípios brasileiros que chegaram ao nível regular e moderado ao longo da última década acabaram se acomodando nesta condição.

Segundo o pesquisador, este é o grande desafio para os próximos anos. Se o desenvolvimento do país seguir no ritmo atual, serão necessários quase 30 anos para que todos os brasileiros tenham acesso a atendimento básico de saúde, ensino fundamental de qualidade e mercado formal de trabalho. 

Veículo: Jornal de Santa Catarina
Edição: 12371
Editoria: Economia
Página:10

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