Programa gera dúvidas sobre a vinda de profissionais

BLUMENAU – A três dias da chegada dos primeiros profissionais do programa Mais Médicos no Estado, a distribuição desses profissionais é cercada de incertezas. De um lado estão os números do Ministério da Saúde: 51 médicos para Santa Catarina. De outro, o que vai acontecer na prática. Após uma consulta a todos os municípios, constatou-se: virão apenas 38 médicos.

Na primeira leva, segunda-feira, vêm os profissionais brasileiros. São 24 para 16 cidades. Blumenau recebe um no posto de saúde Wilhelm Theodor Schurmann, no Bairro Itoupava Central, e Brusque dois profissionais, nos postos de saúde de Santa Rita e de Nova Brasília.

Duas semanas mais tarde, depois do curso de aperfeiçoamento no Rio de Janeiro, aterrissa o segundo grupo: são 14 médicos estrangeiros – naturais de outros países ou brasileiros com formação no exterior – que irão se estabelecer em 11 municípios. Gaspar receberá um médico português.

Na esfera federal, porém, fala-se em 51 médicos para Santa Catarina – é o que consta na última lista oficial do Ministério da Saúde. Na relação, por exemplo, não foram considerados os decretos municipais assinados no início do mês pelos prefeitos de Florianópolis e Blumenau, que impedem o trabalho de médicos formados no exterior sem que o diploma esteja validado no país.

Para a Capital, chegou-se a prever dois estrangeiros e, para Blumenau, cinco. Os profissionais continuam contabilizados na lista oficial do órgão, mas as prefeituras já avisaram que não esperam por eles.

Outras cinco cidades ficarão pendentes. Embora continuem na lista como beneficiadas, nenhum médico deve chegar na cidade. São os casos de profissionais que desistiram da vaga na última hora: ou por conseguir outra oportunidade melhor, ou por não entenderem as regras do programa.

Segundo ministério, modificações ainda podem ocorrer

Pomerode também não receberá profissionais. Estava prevista a chegada de dois médicos (um brasileiro e um estrangeiro), segundo o Ministério da Saúde. Como o edital do programa exige que eles integrem equipes novas de saúde da família, a prefeitura considerou inviável financeiramente, porque há duas outras equipes recém formadas na cidade.

Conforme o ministério, esse tipo de problema é normal, já que muitas mudanças ainda podem acontecer de última hora. Para o órgão, a situação só vai ser definitiva quando todos os profissionais já estiverem nas cidades. Hoje encerra o prazo para os municípios e os médicos se inscreverem na segunda etapa do programa.

Veículo: Jornal de Santa Catarina.
Edição: 12933.
Editoria: Geral.
Página: 15.