Os corredores da prefeitura de Rio dos Cedros estavam movimentados ontem, uma cena bastante incomum para um domingo. Mas para uma cidade acostumada a sofrer com os eventos climáticos, quase se tornou rotina. Nos últimos cinco anos e meio, somam-se 11 vezes em que o Centro ficou tomado pelas águas do rio que dá nome ao município. Mas no fim de semana, as chuvas fizeram o nível do rio chegar ao segundo maior índice da história, atingindo 8,43 metros às 18h de ontem. Isso forçou o prefeito Fernando Tomaselli a decretar situação de emergência.
O nível superou o índice alcançado em novembro de 2008, quando o rio atingiu 7,94 metros, e não se descarta que possa superar o mês de maio de 1992, quando foi registrado 9,25 metros. Para chegar às famílias atingidas pela cheia, foi preciso o auxílio dos bombeiros de Timbó, mas mesmo assim o trabalho teve de ser adiado por várias vezes por causa da forte correnteza. Segundo dados da prefeitura, pelo menos 100 famílias foram atingidas diretamente, além de 60 pontos comerciais no Centro da cidade.
Pelo menos oito famílias foram encaminhadas aos dois abrigos (um no Centro e outro no bairro São José) onde só é possível chegar de barco. As pessoas que estão na região serrana do município estão isoladas desde a noite de sábado.
Além de alagamentos, foram registrados deslizamentos de terra. Os dois casos mais graves foram nas estradas de acesso aos bairros Rio Rosina e Palmeiras. Para chegar à cidade, somente por Pomerode, já que as duas vias que ligam Rio dos Cedros a Timbó estão bloqueadas.
Veículo: Jornal de Santa Catarina.
Edição: 13703.
Editoria: Geral.
Página: 10.