BRASÍLIA – Aprovado na madrugada de ontem no Senado, o novo Código Florestal só deve ser apreciado pela Câmara em 2012.
Como o texto foi bastante modificado pelos senadores, agora os deputados argumentam que precisam de mais tempo para analisar o projeto. A duas semanas do início do recesso parlamentar, a urgência em votar a matéria ainda este ano não é consenso. Ontem à noite, o presidente da Câmara, Marco Maia, (PT-RS) adiantou que a matéria provavelmente será a primeira a ser votada em 2012.
– Não temos tempo hábil até o final do ano – disse Maia.
Para o governo, as prioridades agora são a aprovação do Fundo de Previdência Complementar para os Servidores Federais e o Orçamento da União para o próximo ano.
Terça-feira, a Comissão de Agricultura vai comparar os projetos aprovados nas duas casas. Embora em minoria, a oposição também não acredita que o código possa ser analisado pelos deputados nas próximas semanas.
– Nós precisamos conhecer profundamente e debater essas mudanças – diz o líder do DEM, deputado ACM Neto (BA).
Aprovado por 58 votos a oito, o relatório do Senado deu ao Executivo o poder de determinar a medida de recuperação de matas ciliares em estado crítico de conservação. O texto anterior dava este poder aos Comitês de Bacias Hidrográficas.
Para agricultores familiares e empresariais, o projeto foi aperfeiçoado no Senado.
– Não é o melhor do mundo, mas há muitos ganhos – argumenta o presidente da Comissão de Meio Ambiente da Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil, Assuero Veronez.
Veículo: Jornal de Santa Catarina
Edição: 12395
Editoria: Política
Página: 8
Jornalista: Daniela Castro (daniela.castro@diario.com.br)