BLUMENAU – Criada há um mês, a Secretaria de Geologia do município vive o primeiro dilema. Tentar aumentar o orçamento da pasta para se tornar compatível com a importância defendida pela administração. Ainda não se sabe o valor exato, mas o cálculo deve ser bem maior que os R$ 300 mil anuais herdados da antiga diretoria de Geologia, extinta dia 19 de dezembro.
A definição deve ocorrer em fevereiro, quando a Câmara de Vereadores retoma a apreciação de projetos. Até lá, o secretário de Geologia, Fernando Xavier, deve encaminhar à Secretaria de Orçamento e Gestão o levantamento exato da estrutura da pasta e valores pretendidos.
– O orçamento foi elaborado em agosto do ano passado, quando ainda não tínhamos definido se a geologia seria uma fundação, instituto ou secretaria – explica o secretário de Orçamento e Gestão, Marcel Hugo.
No cálculo, Xavier vai levar em conta a contratação de funcionários que deve aumentar de 13 para 24 pessoas. Com a transformação de diretoria para secretaria, é possível diagnosticar mais profundamente as 35 áreas consideradas de risco em Blumenau, apontadas pós-catástrofe de 2008.
Para o mapeamento, em cada uma das casas é feita a análise do terreno para saber como pode se comportar em caso de chuva ou deslizamento. Depois, o documento é encaminhado ao morador e a uma das secretarias municipais. Por exemplo, caso seja necessária alguma obra de melhoria, as solicitações são feitas às pastas de Obras e Serviços Urbanos. Se o local for considerado impróprio para moradia, a Secretaria de Habitação recebe o pedido para apontar locais para construção de novas casas. A meta do secretário é concluir o mapeamento em um ano. De 2009 até setembro de 2011, 10 áreas de risco foram analisadas.
Veículo: Jornal de Santa Catarina
Edição: 12432
Editoria: Política
Página: 4
Jornalista: Giovana Pietrzacka