BRASÍLIA – Chamado a Brasília pela presidente Dilma Rousseff, Raimundo Colombo apresentou ontem as obras prioritárias do Estado para evitar novas enchentes. Durante reunião com a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, o governador apresentou a construção de oito barragens e de mais cinco projetos no Vale do Itajaí, dentro do programa de prevenção de cheias catarinense.
Os empreendimentos deverão fazer parte do PAC Prevenção de Desastres Naturais, que o Planalto pretende lançar na próxima semana. Ao final da audiência de 50 minutos com a ministra, Colombo disse que parte das obras deverão ser custeadas a fundo perdido pelo governo federal. Outra parte dos recursos deve ser financiada por um fundo do FGTS.
Colombo evitou citar valores. Na semana passada, contudo, nos bastidores, Miriam teria acenado a possibilidade de liberação de R$ 450 milhões para o Estado. Ontem, antes da reunião, falava-se em até R$ 600 milhões. Pelo cronograma do governo catarinense, as primeiras barragens podem começar a ser construídas em novembro.
Além de Colombo e Miriam, participaram da audiência a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, o secretário-executivo do PAC, Maurício Muniz, e o secretário estadual da Defesa Civil, Geraldo Althoff. Além das oito barragens – sete pequenas e uma de médio porte -, o governador solicitou recursos para mais cinco projetos. Colombo citou a criação de um sistema de monitoramento e alerta de cheias e duas sub-elevações nas barragens de Taió e Ituporanga. No Rio Itajaí-Mirim, o governo do Estado solicitou a construção de duas comportas e melhorias no canal.
Para essas cinco demandas, o Planalto já acenou o financiamento do BNDES da ordem de R$ 133 milhões, que podem ganhar o reforço da verba solicitada ontem. Colombo ainda não definiu como será feita a modelagem financeira para o pagamento de todas as obras.
– Apresentamos nossas prioridades, que agora dependem da aprovação da presidente – resumiu Colombo.
De acordo com o governador, se implementadas, as medidas representarão um aumento de 20% na capacidade de contenção de água na região do Vale do Itajaí, o equivalente a 100 milhões de metros cúbicos. O PAC Prevenção pretende beneficiar outros Estados, como Rio de Janeiro e Minas Gerais. O pacote deve incluir obras de dragagens de rios, proteção de encostas e melhorias nos sistemas de alerta e nas defesas civis.
Veículo: Jornal de Santa Catarina.
Edição: 12584.
Editoria: Geral.
Página: 10.
Jornalista: Guilherme Mazui (guilherme.mazui@gruporbs.com.br).