A parceria entre o governo estadual e federal foi a ato mais exaltado na cerimônia de assinatura da ordem de serviço da duplicação da BR-470, ontem à tarde, em Gaspar. A ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, e o governador Raimundo Colombo deixaram claro que a solenidade, que reuniu mais de 500 pessoas entre autoridades políticas e empresariais do Vale do Itajaí, só ocorreu porque houve união de esforços, independente de partidos políticos.
A emoção ficou evidente em toda a solenidade, especialmente quando a ministra anunciou a liberação de R$ 17 milhões para as obras da Ponte do Vale. Lideranças regionais pediram que a duplicação não pare apenas neste primeiro trecho. Que siga até Rio do Sul, no Alto Vale do Itajaí. Tanto Ideli quanto o ministro dos Transportes, César Borges, se comprometeram.
Assim que as autoridades começaram a chegar no Ginásio João dos Santos, a alegria e a esperança eram sentimentos que predominavam. Convidados a colocar um adesivo alusivo à duplicação, foram poucos os que se recusaram. No palco principal, apenas o ministro dos Transportes, César Borges não usou o adereço. Logo após a assinatura, lideranças políticas fizeram discursos. Celso Zuchi (PT), prefeito de Gaspar, foi o primeiro. Ressaltou o comprometimento do governo federal e solicitou mais recursos para a Ponte do Vale, principal obra de infraestrutura da cidade e que chegou a ser paralisada no início do ano por falta de dinheiro. E esse foi um dos momentos mais emocionantes da cerimônia. Após fazer o pedido, Zuchi recebeu a boa notícia da ministra Ideli de que o governo federal anunciou a liberação de R$ 17 milhões para a obra. Zuchi vibrou e foi muito aplaudido.
O deputado federal Décio Lima (PT) solicitou ajuda para concluir a ligação Luis Alves-Gaspar, a Ponte do Vale, além de dar atenção à Via Portuária, entre Itajaí e Navegantes. Ao usar o microfone, Ideli Salvatti revelou que havia "roubado" a caneta usada minutos antes pelo ministro dos Transportes para assinar a ordem de serviço. Chamou o prefeito de Gaspar para perto e disse:
– Guarde esta caneta. Eu guardei a caneta que foi usada na assinatura da federalização do antigo Besc e ele foi salvo. Guarde muito bem – falou.
Naquele momento, o ministro olhava entristecido para o ato. Depois revelou:
– Não esperava perder minha caneta nesta tarde – sem revelar quanto havia gasto na compra.
Veículo: Jornal de Santa Catarina.
Edição: 12897.
Editoria: Geral.
Página: 16.
Jornalista: Giovana Pietrzacka (giovana@santa.com.br).