FLORIANÓPOLIS – Penitenciária Agrícola de Chapecó, no Oeste, presídios de Blumenau, no Vale, e Araranguá, no Sul, são as três unidades prisionais que enfrentam a maior superlotação no Estado. O déficit é de pelo menos 4,7 mil vagas em todas as 49 cadeias existentes.
Os dados são do Departamento de Administração Prisional (Deap) e integram o balanço estadual de agosto, o mais recente divulgado. Com 581 detentos além da capacidade, a Penitenciária Agrícola de Chapecó aparece na ponta da lista, com 1.025 homens. No presídio de Blumenau estão 473 acima do permitido, somando 945 presos. O prédio é antigo e a estrutura preocupante. O governo anunciou construção de nova unidade, mas ainda não encontrou terreno para abrigá-la.
O presídio de Araranguá abriga 322 excedentes, o que o deixa com 450. Na Grande Florianópolis, a superlotação também está evidente. O problema maior é a falta de vagas para presos provisórios. Estão abarrotadas as duas centrais de triagem para onde são levados os autuados em flagrante. A do Estreito, o chamado cadeião, no Continente, teve limitada a capacidade após ação do Ministério Público.
Um remanejamento regional de vagas na Grande Florianópolis envolvendo o complexo da Agronômica e a Colônia Penal Agrícola de Palhoça foi anunciado para evitar que detentos sejam soltos. As novas vagas estão previstas com a construção de nova central de triagem com 404 vagas. O Deap promete entregar a obra até março. Ainda neste ano, serão abertas 625 novas vagas: 325 em Itajaí, 200 em Criciúma e 100 em Joinville.
Paralelamente, o governo busca alternativas para o impasse na construção da Penitenciária de Imaruí. A prefeitura rejeita a obra e o governo tenta viabilizá-la na Justiça.
Veículo: Jornal de Santa Catarina.
Edição: 12977.
Editoria: Segurança.
Página: 16.