Entrevista: João José dos Santos, superintendente do Dnit em Santa Catarina
O superintendente do Dnit no Estado, João José dos Santos, reforça que as assinaturas das ordens de serviço para os lotes 3 e 4 da BR-470, há cinco meses, não foram mero ato político. Santos garante que a cerimônia firmou um passo importante para o início das obras. Confira o que ele projeta para as próximas etapas da duplicação:
Jornal de Santa Catarina – Quando as máquinas chegam à pista de fato?
João José dos Santos – A captura de animais liberada pelo Ibama deve ser precedida de uma campanha de fauna. A empresa contratada para o gerenciamento ambiental vai trabalhar nesta campanha e leva em torno de 20 a 30 dias. Espero e é tudo que nós queremos, que já no início do ano – agora as empresas costumam dar férias e voltar em janeiro – que entre 10 e 15 de janeiro não tenha mais que dar justificativas de porquê não começa a frente de obras no Belchior.
Santa – Este período que o Dnit aguardou a autorização do Ibama gera atraso na conclusão da obra?
João José – Quando se dá este prazo de quatro anos é justamente porque a BR-470 é muito peculiar. É um desafio. É um aglomerado urbano e, a cada momento que a gente avançar na obra, outros problemas virão e são normais de obra. Quando estabelecemos o prazo, contávamos com até 90 dias para a empresa se instalar no local. Há uma folga no prazo total, exatamente porque esta etapa inicial é muito complexa. Não há nenhum problema quanto ao cronograma.
Santa – A assinatura das ordens de serviço em julho foi um ato político?
João José – Não. O governo federaltêm os recursos assegurados para a BR-470: R$100 milhões para movimentar a obra até o ano que vem. A presidente demonstrou a vontade de executar a duplicação. A ordem de serviço foi extremamente necessária para dar início aos trabalhos. Sem este documento não se mobiliza a empresa, não se acham os problemas. O ato da ordem de serviço foi necessário para que se começasse todo o processo que está culminando com obras na pista. Foi um ato excepcional para mostrar para Santa Catarina que as obras são para valer, não são mentira.
Santa – E a assinatura da ordem de serviço para o Lote 1 – entre Navegantes e Ilhota – sai ainda esta semana?
João José – Está prestes a sair a assinatura da ordem de serviço para o Lote 1. Estamos terminando toda a parte de contratação da empresa (o consórcio Azza/Sogel venceu a licitação para duplicar este trecho da BR-470). Ainda neste ano, não só a assinatura da ordem de serviço do Lote 1 é a meta, como é lançar o edital para contratar a empresa que fará as obras do Lote 2. E não é porque é perto do Natal que é política ou algo assim. É para as obras começarem a andar daqui a dois ou três meses.
Santa – O que a população deve esperar dos próximos cinco meses de obra?
João José – Certamente vamos estar em outras frentes de trabalho, não só no Belchior. Nossa meta é começar alguns viadutos no Lote 4. Mas até março iniciaremos o trabalho em viadutos e pontes que são muitas naquele trecho. Trabalhamos com vontade, é um grupo muito bom, com uma equipe de engenharia de excelência. A vontade é grande e vai dar certo.
Veículo: Jornal de Santa Catarina.
Edição: 13027.
Editoria: Geral.
Página: 16.
Jornalista: Sarita Gianesini (sarita.gianesini@santa.com.br).