BLUMENAU – Desembarcam em Blumenau no mês de março nove profissionais do Mais Médicos que vão atuar nos locais com mais demanda e maior vulnerabilidade. A cidade ficou fora da primeira fase do programa porque exigia que os médicos estrangeiros tivessem a devida revalidação do diploma por universidade pública brasileira (Revalida). O decreto acabou sendo revogado em setembro de 2013. O primeiro profissional do programa chegou à cidade em 3 de fevereiro. Ele tem 24 anos, trabalha numa unidade de saúde da família na Vila Itoupava e mora no Centro.
A diretora de ações em saúde de Blumenau, Andrea da Silva, explica que o médico veio de Rondônia e é formado no Brasil – nesta etapa o programa contempla também brasileiros. Se depender do contrato assinado com o Ministério da Saúde, ele fica no Vale por três anos. Inicialmente estavam previstos 12 profissionais para a cidade, mas foram formalizados pelo sistema 10.
– De acordo com o convênio, o salário dos médicos é pago pelo governo federal. As demais despesas são custeadas pelo município, para isso foi encaminhado um projeto de lei para apreciação na Câmara de Vereadores – explica a diretora.
O projeto de lei nº 6.569 chegou no Legislativo no dia 4 e deve ser votado na próxima sessão ordinária, terça-feira. O documento prevê auxílio-moradia de R$ 1,5 mil mensais aos profissionais e vale-alimentação de R$ 13 por dia trabalhado.
Informações do Ministério da Saúde dão conta de que Blumenau vai receber, entre cubanos e demais estrangeiros, o maior número de profissionais no Estado nesta terceira fase do programa. A Secretaria de Saúde pediu 15 profissionais, por isso existe possibilidade do Ministério da Saúde encaminhar mais médicos. O Vale do Itajaí também é a região que receberá mais profissionais de Cuba: serão 16.
Brusque abrigará cinco intercambistas e Gaspar mais um. Ao todo, 92 profissionais devem começar a trabalhar no Estado até a segunda metade de março.
Programa aumentará efetivo no Estado
O Mais Médicos aumentará o efetivo no Estado de 198 para 290 pessoas. Como a terceira fase do programa não aceitou novas inscrições das prefeituras, muitos dos municípios que estão sendo contemplados são aqueles que ficaram para trás na primeira e segunda etapa. O programa ainda prevê uma quarta e uma quinta fase, justamente para tentar suprir as demandas que ficaram em aberto.
Veículo: Jornal de Santa Catarina.
Edição: 13075.
Editoria: Geral.
Página: 18.
Jornalista: Raquel Vieira (raquel.vieira@santa.com.br).