A situação do morro conhecido como Samp, no Centro, ainda é grave e ameaça 38 imóveis, inclusive a prefeitura. O Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil monitoram o local duas vezes por dia. A última vistoria, ontem à tarde, apontou que uma área de aproximadamente 30 mil metros quadrados cedeu cerca de 10 centímetros em oito horas. Quarta-feira de manhã, um grupo de geógrafos da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e membros da Defesa Civil do Estado vistoriou o morro. De acordo com o geógrafo Joel Pellerin, as fissuras aumentam de dois a 10 metros por dia.
– As chuvas rápidas de verão continuam desestabilizando o solo. Mesmo depois de dias de sol, vai demorar muito tempo para assentar a terra – explica Pellerin.
Terça-feira, por medida de segurança, a Defesa Civil notificou 38 propriedades, entre residências e comércio, agência bancária do Besc e Correios. O prédio da prefeitura também corre o risco de ser atingido. Os imóveis foram desocupados por tempo indeterminado. A principal pergunta é: quando o morro cairá? A resposta, nem os especialistas têm.
– Os próprios geólogos desconhecem as causas. Durante os 12 anos que trabalho como bombeiro, nunca vi nada igual – concluiu o comandante do Corpo de Bombeiros Militar de Benedito Novo, Davi Siqueira.
Segundo ele, onde passavam córregos de 20 centímetros agora há quase dois metros de largura. A quantidade de água abaixo do solo em função das rachaduras também é preocupante. Por isso, a recomendação é para que os moradores permaneçam distantes das casas.
Fonte: Jornal de Santa Catarina, edição de 26/12/08, editoria Geral.