Na tarde da última sexta-feira, 17 de abril, os prefeitos da Associação dos Municípios do Médio Vale do Itajaí (AMMVI) acompanhados pelo primeiro vice-presidente da entidade e prefeito de Apiúna, Jamir Marcelo Schmidt, realizaram uma visita técnica à Usina Hidrelétrica Salto Pilão.
A usina hidrelétrica, com potência instalada de 182,3 megawatts – energia suficiente para atender 60% do município de Blumenau – será o maior aproveitamento elétrico do Rio Itajaí-Açu e uma das maiores usinas subterrâneas do país.
De acordo com Jair Fabiciack, assessor de imprensa do Consórcio Empresarial Salto Pilão, a previsão é que a usina comece a operar comercialmente ainda este ano, já que as obras estão adiantadas.
"Ficamos surpresos com a grandiosidade do empreendimento e satisfeitos por termos em nossa região um investimento deste porte que, com certeza, contribuirá para o desenvolvimento econômico do Vale do Itajaí" salienta o prefeito de Apiúna.
Constituído para construir e operar a Usina Hidrelétrica Salto Pilão, o Consórcio é integrado pela Votorantim, Camargo Corrêa Energia e DME Energética. O investimento total previsto no empreendimento é de aproximadamente R$ 500 milhões, sendo parte financiado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES). A Usina está localizada no Rio Itajaí-Açu, entre os municípios de Apiúna, Ibirama e Lontras.
Com a construção deste empreendimento, o estado de Santa Catarina projeta-se no panorama da engenharia brasileira por abrigar uma das três únicas usinas subterrâneas de porte. Com o produto da escavação em rocha transformado em brita, seria possível pavimentar cerca de 83 quilômetros de estrada similar à BR-470.
Para Schmidt, o empreendimento já tem trazido resultados positivos à região, principalmente aos três municípios de abrangência, uma vez que "contribuiu na geração de empregos e incrementou a arrecadação municipal, proporcionando um impulso econômico e a realização de obras relevantes à comunidade local" explica.
Impacto Ambiental
Caracterizada por ser um aproveitamento com o maior volume de obras subterrâneas e não possuir reservatório de acumulação com alagamento de áreas de terra, a Usina é considerada de baixo impacto ambiental.
Para minimizar e compensar impactos identificados no Estudo e no respectivo Relatório de Impacto Ambiental (EIA-RIMA), foram elaborados 24 programas ambientais que serão desenvolvidos ao longo dos meses de construção.
Fonte: Michele Prada, Ascom Ammvi.