Ipea analisa presença do setor público

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou, ontem, um estudo sobre a presença do Estado nos 5.564 municípios brasileiros. O levantamento, intitulado Presença do Estado no Brasil: Federação, suas Unidades e Municipalidades, foi dividido nos temas previdência, assistência social, saúde, educação, trabalho, bancos públicos, infraestrutura, segurança pública e cultura.

Odocumento traz um raio-x da atuação do Estado nos municípios, apresentando lacunas que precisam ser preenchidas. Quase 3 mil cidades do país, por exemplo, não possuem agências de bancos públicos federais. A pesquisa inclui indicadores, desde 2006, de diversos órgãos governamentais, como secretarias e ministérios, e de censos demográficos e educacionais do IBGE. A ideia é reunir dados sobre temas que, muitas vezes, por estarem dispersos em diferentes órgãos, perdem sua finalidade de orientar as políticas públicas.

Na saúde, o estudo apontou que 1.867 municípios não têm estabelecimentos de urgência do SUS. Com relação à educação, apenas 157 municípios do país (2,8% do total) têm estabelecimento público de ensino superior. Sobre a área da cultura, 1.560 municípios não possuem serviços com patrocínio público.

"No Brasil," diz o documento, "como ocorreu nos países desenvolvidos, o emprego público cresce à medida que se efetua o desenvolvimento econômico, pois este cria a necessidade de aumento dos serviços públicos, notadamente nas áreas de infraestrutura e de educação e saúde".

A Região Sul, diz o estudo, é privilegiada em densidade demográfica para atendimento dos serviços públicos de saúde e educação. O Sudeste tem o maior número de jovens em situação de vulnerabilidade atendidos por programas socioeducacionais.

Leia aqui a íntegra do estudo.

Veja aqui a apresentação sobre a pesquisa.

Fonte:  Jornal Diário Catarinense, edição nº 8656, editoria Geral.