Diversas cidades pelo país estão investindo em videomonitoramento para melhorar a gestão de problemas urbanos e solucioná-los. O uso de câmeras inteligentes, com tecnologia de ponta, é algo cada vez mais presente nos municípios brasileiros e pode contribuir para ações de mobilidade, identificando áreas de congestionamento e alagamento.
Na área de segurança pública, os equipamentos monitoram locais de risco e são capazes de enviar alertas para policiais em tempo real, auxiliando no combate ao crime. Também há recursos que permitem a identificação de placas de carros, para saber se estão em situação regular ou não, e até os que identificam estacionamento proibido e tráfego de veículos privados em áreas destinadas ao transporte público.
Essas e outras soluções serão apresentadas no 1º Congresso Catarinense de Cidades Digitais. O evento irá reunir, dias 9 e 10 de junho, em Florianópolis, prefeitos, gestores públicos e vereadores para tratar do aprimoramento dos serviços públicos e do desenvolvimento dos municípios, por meio de investimentos nas Tecnologias da Informação e Comunicação.
Em tempos de recursos econômicos escassos, a solução embarcada na rede de câmeras também tem feito a arrecadação dos municípios aumentar, segundo o presidente da ENW, Amilton de Lucca. Isso porque o sistema analítico, no caso das câmeras com OCR, que fazem a leitura de placas de veículos, é integrado aos Detrans, e reconhece automaticamente se a situação do veículo está regular. "A fiscalização fica por conta da tecnologia, cabendo às autoridades o trabalho de abordar os condutores. A solução também evita que os contribuintes em dia sejam parados nas blitz". No caso de irregularidade, as câmeras enviam foto, apontando o problema para as autoridades nas ruas, para abordagem.
As infrações captadas são diversas, sendo as mais comuns: desobediência à faixa especial, destinada exclusivamente a ônibus e rodízios; parar na faixa de pedestres; estacionamento irregular; uso de celulares no trânsito; excesso de passageiros nos carros, desobediência à obrigatoriedade do uso de capacete por motociclistas e cinto de segurança por condutores e passageiros de veículos leves.
As câmeras ajudam também na segurança das cidades. Em Manaus, por exemplo, os índices de criminalidade nos locais monitorados tiveram queda de cerca de 70%, observa de Lucca. Além da capital do Amazonas, a rede de câmeras com o chamado sistema Apolo (câmeras conectadas a uma central de gerenciamento de imagens) está presente nas cidades de Maceió, São Paulo, Valinhos, entre outros municípios.
Custos
No contexto das cidades inteligentes, durante o 1º Congresso Catarinense de Cidades Digitais, além da implantação do sistema de monitoramento, a ENW apresentará soluções em infraestrutura de rede em fibra óptica. "Atuamos como integradores, conectando todos os sistemas. Com o tempo fomos percebendo as necessidades dos municípios e aumentando as aplicações. O custo-benefício é altamente positivo. Em Alagoas, o investimento realizado pelo Detran retornou rapidamente com o resultado do uso da tecnologia."
Há 11 anos no mercado de telecomunicações, a ENW conta com escritórios próprios em São Paulo, Manaus e Maceió, e, a partir dessas localidades, atende projetos para implantação de cidades digitais em todo o País. As soluções da empresa também abrangem tecnologia para reconhecimento facial, biometria, controle por movimentação de pessoas, sinal sonoro, detecção de incêndios e drones.
1º Congresso Catarinense de Cidades Digitais
O evento, organizado pela Rede Cidade Digital, tem a parceria da Prefeitura de Florianópolis, e visa promover o compartilhamento de experiências, levando informação a pequenos municípios sobre os impactos positivos do uso da tecnologia em diversos setores da administração pública. Este ano, 60 municípios, de oito estados, já têm representantes inscritos. As inscrições são gratuitas para servidores públicos e devem ser feitas pelo http://congressosc.redecidadedigital.com.br/
A iniciativa tem o apoio do Centro de Informática e Automação de Santa Catarina (Ciasc), Federação das Indústrias de Santa Catarina e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial de Santa Catarina (Fiesc-Senai), por meio do Instituto Senai de Tecnologia em Automação e TIC, Sebrae; das Associações de Municípios do Nordeste de Santa Catarina (Amunesc), Região da Grande Florianópolis (Granfpolis), Região de Laguna (Amurel), Foz do Rio Itajaí (Amfri), Médio Vale do Itajaí (AMMVI), Alto Uruguai (Amauc), Extremo Oeste (Ameosc), Alto Irani (Amai), Alto Vale do Rio do Peixe (Amarp), da Região Carbonífera (Amrec) e Região Serrana (Amures); Prefeituras de Rio do Sul, Itajaí, Laguna e Blumenau; Connected Smart Cities, Associação Catarinense de Empresas de Tecnologia (Acate) e Associação das Empresas de Tecnologia da Informação, Software e Internet de Santa Catarina (Assespro-SC).
Com informações da RCD.