Cinco integrantes do Greenpeace, organização global que promove campanhas para defender o meio ambiente, estiveram em Guabiruba registrando o funcionamento do Programa de Alimentação Escolar, que tem quase 50% da sua origem na agricultura familiar. Eles filmaram, fotografaram e colheram informações na Escola de Educação Infantil São Pedro, no Viveiro Municipal e na propriedade do agricultor do bairro Planície Alta que entrega produtos para a merenda, Celestino Dirschnabel. As imagens e informações farão parte de uma campanha lançada mundialmente em 2015 para mostrar a produção agroecológica desde o campo até o prato, seus benefícios para produtores e para a comunidade. Eles retrataram o momento de refeição das crianças, o preparo dos alimentos e também a entrega dos produtos nas escolas. Nutricionistas da Secretaria de Educação, bem como a secretária Edna Maria da Silva Jasper e o secretário de Agricultura, Moacir Boos, acompanharam a visita.
Esta campanha do Greenpeace é feita por duas equipes. Uma brasileira, que documentou assentamentos da reforma agrária que cultivam arroz orgânico no Rio Grande do Sul e iniciativas da agricultura urbana em São Paulo. Depois de Santa Catarina, eles irão registrar a iniciativa do algodão agroecológico no semi-árido paraibano e o sistema agroflorestal no Pará. O fotógrafo inglês Peter Caton, que esteve em Guabiruba, recentemente foi a China e ao Camboja e seguirá para o Quênia. As imagens dele serão usadas numa exposição mundial em Milão, entre maio e outubro de 2015. Algumas das registradas em Guabiruba estarão nesta exposição.
A coordenadora de campanhas do Greenpeace Brasil, Gabriela Vuolo, afirma que a experiência da merenda orgânica é importante para a campanha, porque o Brasil é pioneiro nesse tipo de política pública, a qual alia a produção agroecólogica com uma alimentação saudável e equilibrada nas escolas. "Nós entramos em contato com a Ecovida, que nos colocou em contato com CooperTrento e chegamos até a cidade de Guabiruba pelo percentual da merenda que vem da agricultura familiar. Nós viemos conferir como é a história da merenda orgânica e da agricultura familiar para divulgarmos para outros lugares, principalmente nos grandes centros urbanos", pontua Gabriela.
Para a secretária de Educação do município, a visita foi muito importante e mostrou que a cidade está no caminho certo. "Saber que podemos servir de modelo e incentivo para outras cidades nos deixa muito felizes e motivados a trabalhar ainda mais. No ano passado tivemos mais de 40% da merenda oriunda da agricultura familiar. Neste ano, os dados ainda não foram fechados, mas acreditamos que o número tenha aumentado", revela a secretária.
Em 2013, os gêneros adquiridos da agricultura familiar foram cebola, tomate, batata doce, pepino, aipim descascado, brócolis, chuchu, abóbora, couve-flor, beterraba, repolho, alface, feijão preto, nata, queijinho, tangerina, banana, mamão, maçã, laranja, batata inglesa, sucos integrais, suco de fruta polpa, geléias, pêssego e abacaxi em calda, farinha de mandioca, caldo de peixe, filé de peixe e arroz branco.
Totalizando um percentual de 42,17% dos recursos repassados pelo FNDE e 46% contabilizando os recursos próprios. Os fornecedores são de Guabiruba, Brusque, Nova Trento, Canelinha, Tijucas e Timbó, totalizando 13 agricultores e 2 cooperativas.
Assessoria de imprensa da prefeitura de Guabiruba.