Cohab define regras das novas moradias

BLUMENAU – O governo do Estado apresentou ontem à tarde os critérios para a construção de moradias populares no Vale do Itajaí. Segundo a diretora-presidente da Companha de Habitação do Estado de Santa Catarina (Cohab), Maria Darci Mota, terão prioridade na seleção as famílias atingidas pela tragédia de novembro que foram registradas pela Defesa Civil. Outros critérios, como a presença de crianças, serão levados em conta (veja tabela). Ainda não se sabe quando será feita a seleção, nem a data de início das obras.

– Não se constrói casa do dia para a noite. Depende das prefeituras conseguirem terreno, da elaboração de projetos e da licitação da obra. Mas queremos fazer o mais rápido possível – justificou o governador Luiz Henrique da Silveira, que conduziu a reunião.

A meta, segundo Maria Darci, é iniciar a construção de pelo menos 600 moradias nos próximos seis meses, chegando a 6.254 casas na Região dos Vales. Este levantamento, apresentado ontem aos prefeitos das cidades que aguardam a construção de casas populares, foi feito com base nos dados da Defesa Civil do Estado, que divergem dos números das prefeituras. Em Blumenau, por exemplo, a Cohab estima serem necessárias 3 mil casas, enquanto o prefeito João Paulo Kleinübing calcula 5 mil.

– Três mil são as casas perdidas. As outras estão em áreas de risco ou foram interditadas. Queremos uma parceria com o governo do Estado para a compra destes terrenos – disse, recebendo aplausos dos outros prefeitos presentes.

Só locais livres de enchente e fora das áreas de risco receberão casas da Cohab. Os terrenos selecionados pelas prefeituras passarão por análise da Defesa Civil e terão vistoria do Ibama ou da Fatma. As casas da Cohab terão 36 metros quadrados de área, com dois quartos, sala e cozinha conjugados e um banheiro. O custo de cada unidade está estimado em R$ 15 mil.


Os recursos para as casas virão de várias frentes: doações feitas na conta do Fundo da Defesa Civil, governo do Estado, Ministério da Integração Nacional, Ministério das Cidades, Caixa Econômica Federal e iniciativa privada.

Também participaram da reunião o vice-governador Leonel Pavan, o secretário de Articulação Nacional, Geraldo Althoff, secretários estaduais, deputados estaduais e lideranças regionais.

Casas populares

Por ordem de prioridade, as casas atenderão a famílias que:

– Foram atingidas pelas chuvas e que tenham cadastro junto à Defesa Civil

– Eram residentes em área rural

– Vieram de áreas ribeirinhas

– Moravam em morros que sofreram deslizamentos

– Tenham maior número de crianças e adolescentes menores de 18 anos

– Sejam chefiadas por um idoso

– Tenham pessoas portadores de necessidades especiais

– Sejam chefiadas por uma mulher

– Não tenham condições de ter moradia

Fonte: Fonte: Cohab

Veículo: Jornal de Santa Catarina.
Edição: 11520.
Editoria: Política.
Jornalista: Giovana Pietrzacka (giovana@santa.com.br).