Ela vem chegando de mansinho

Demissões, férias coletivas, corte de gastos são medidas que têm se tornado comuns na inicitiva privada em tempos de crise econômica mundial. No setor público, as prefeituras já começam a fazer projeções do impacto na arrecadação.

A Confederação Nacional dos Municípios (CNM) já sente uma redução de 1% nos repasses do governo federal para o Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Não é pouco. Em Joinville, por exemplo, o FPM é responsável por cerca de 6% da arrecadação anual – algo em torno de R$ 36 milhões por ano, levando em conta a arrecadação da Prefeitura em 2008.

O Fundo é constituído por 22,5% do que o governo federal arrecada com o Imposto de Renda e o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Este último, além de ser atingido em cheio pela redução no consumo, teve a cobrança reduzida em alguns itens, como automóveis, justamente como medida anticrise.

Mas o que mais preocupa o início do mandato é que a crise dê as caras no tributo que é a galinha dos ovos de ouro das Prefeituras: o ICMS, cobrado pelos Estados na circulação das mercadorias e em serviços. Um quarto do imposto é revertido para as Prefeituras. Em Joinville, o ICMS representa em média 34% da arrecadação – um bolo de R$ 200 milhões anuais.

"O volume de vendas do comércio varejista teve queda de 8,3% em outubro, 3,4% em novembro e, provavelmente, de mais alguns pontos porcentuais em dezembro", afirma o presidente da CFM, o presidente da confederação dos municípios, Paulo Ziulkoski.

O peso de cada um (ANEXO)

Veículo: Jornal A Notícia.
Edição:
Editoria: Política.
Página: 4.
Jornalista: Upiara Boschi (upiara.boschi@an.com.br).