O Planalto deve bater o martelo sobre a ajuda aos municípios e anunciar as medidas amanhã, mas uma proposta em estudo desde a semana passada tende a ser um dos pilares do socorro financeiro: a ideia é editar uma Medida Provisória (MP) autorizando as prefeituras, por um prazo determinado, a renegociarem suas dívidas com a União.
A partir daí, os municípios que estão na lista dos inadimplentes com o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), por exemplo, passam a ser considerados aptos a receber novamente os repasses do governo federal. Para os municípios maiores e os Estados que também sofrem com a queda na arrecadação por causa da crise econômica, o governo estuda abrir uma linha especial de crédito, com juros subsidiados, para investimentos. Apesar dessas medidas pontuais, o presidente Lula disse ontem, em discurso no interior de Minas, que prefeitos e governadores terão de "apertar o cinto" porque a arrecadação caiu na União, nos Estados e nos municípios.
– Nenhum de nós vai morrer na seca – disse Lula, propondo o sacrifício generalizado com a esperança de que o país tenha um segundo semestre melhor na economia.
Veículo: Jornal Diário Catarinense.
Edição: 8399.
Editoria: Política.
Página: 6.