Foi apresentado ontem, em São Paulo, o que 193 mil recenseadores vão perguntar, a partir de 1º de agosto do ano que vem aos moradores de todos os 58 milhões de domicílios do país no censo de 2010.
O questionário do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) terá duas versões. Uma, por amostra, terá 81 perguntas e será respondida por apenas uma parte da população. A outra, com 16 questões será feita em todas as casas.
Antes da saída dos pesquisadores, os supervisores do IBGE vão fazer uma visita aos bairros para avaliar as condições de vida dos cidadãos. Vão checar aspectos como a iluminação, asfalto, calçada e esgoto. Outra novidade é que serão diferenciados os domicílios permanentes dos improvisados, como os barracos.
O IBGE vai verificar a qualidade da energia elétrica. O censo vai levantar, também, o número de mortes nos últimos 12 meses em cada casa. Acredita-se que a mortalidade no país seja maior do que a apurada oficialmente. Pela primeira vez, serão contadas as crianças sem registro de nascimento até os 10 anos. O IBGE avalia que no Norte e Nordeste do país, a falta de registro nessa faixa etária atinja 18%.
Os pesquisadores vão se aprofundar na estrutura da família: avós, bisavós, netos e bisnetos agora entram na conta com este parentesco. O chefe da família agora poderá ser mais de uma pessoa. E o vai e vem dos brasileiros será detalhado: vamos saber quantos moram fora do país e, dentro, para onde eles se movem.
Wasmalia Bivar, diretora de pesquisas do IBGE, explica que o Censo é uma ferramenta ara o planejamento.
Veículo: Jornal Diário Catarinense.
Edição: 8562.
Editoria: Geral.
Página: 24.
