Atragédia de novembro, que hoje completa 11 meses, mostrou o quanto o solo de Blumenau é frágil e como as diferenças entre as formações geológicas impactaram para que a Região Sul (Garcia, Progresso e Glória) fosse mais atingida do que a Norte (Itoupavas). Enquanto todo o Distrito do Garcia sofreu com deslizamentos, teve ribeirões assoreados e pontes destruídas, nas regiões da Velha e das Itoupavas ocorreram problemas isolados, como no Morro Coripós, Morro Ristow e Loteamento Santa Rita.
Diretor de Geologia da Secretaria de Planejamento, o geólogo Fernando Xavier explica que o solo no Distrito do Garcia está mais suscetível aos desastres que o da região das Itoupavas devido ao tipo de formação da base rochosa e à composição do solo. O tipo de rocha determina a configuração da paisagem, em especial o relevo. Enquanto o Sul é mais acidentado, com uma camada de terra mais fina, no Norte o solo é mais espesso.
– Faz parte do processo natural as encostas sofrerem erosão ao longo dos milhões de anos, por isso não é necessário pânico. Mas todos têm de ter claro que a cidade nunca mais será a mesma – argumenta o especialista.
Segundo Xavier, o importante agora é monitorar o solo e as encostas do município e trabalhar com foco na prevenção. Confira detalhes sobre a formação geológica de Blumenau e aprenda a reconhecer os sinais de perigo.
Saiba mais (anexo)
Veículo: Jornal de Santa Catarina.
Edição: 11764.
Editoria: Geral.
Página: 12.
Jornalista: Daniela Pereira (daniela.pereira@santa.com.br).