Itajaí está entre as maiores economias

FLORIANÓPOLIS – O ano de 2007 foi bom para Itajaí. Com crescimento de 23% nas exportações, em relação ao ano anterior, a cidade entrou na lista dos 50 municípios com maior economia no Brasil. Esse dado integra o estudo do Produto Interno Bruto (PIB) dos municípios, divulgados ontem pelo IBGE.

Os dados são referentes a 2007, ou seja, são anteriores à crise econômica mundial – que afetou as exportações – e às enchentes, que destruíram parte do Porto de Itajaí, que hoje opera com 50% da capacidade. O professor de Economia da UFSC, Fernando Seabra, reforça que Itajaí é um centro importante não só pelo porto, mas também pelas empresas comerciais de exportação, que elevaram o PIB do município em 2007. O professor projeta para os próximos anos a volta de Florianópolis à segunda posição, em função do desempenho desfavorável das exportações, que cresceram 12% em 2008 e deve fechar 2009 com queda de 24%.

O estudo aponta Florianópolis como a única capital brasileira que não ocupa a primeira posição no Estado, porque a economia está baseada da administração pública e no setor de serviços, como explica o gerente de estatística da Secretaria de Estado de Planejamento, Cláudio Mendonça. Florianópolis não é exceção. No país, a administração pública é responsável por mais de um terço da economia em quase 34% dos municípios.

O professor Seabra observou que o Estado tem renda muito bem distribuída, tanto por regiões quanto por habitantes, por causa do setor industrial, maior que a média brasileira. Outro dado observado pelo professor é que dentre os municípios mais ricos estão os de pequeno e médio porte, com alto nível de renda per capta. O PIB é um dos fatores considerados no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), o que eleva o padrão catarinense em relação ao país.

Os números de Santa Catarina

SC tem boa distribuição de renda

A coordenadora do IBGE em Santa Catarina, Sueni dos Santos, destaca que o Estado tinha o maior PIB per capta da Região Sul, com R$ 17,8 mil. A cidade de Vargem Bonita, com 5 mil habitantes, está em quarto lugar no PIB per capta catarinense, pois abriga uma grande indústria de celulose, a Irani S/A.

– São economias pequenas, então quando se instala uma indústria, um grande supermercado e às vezes até um posto de gasolina, pode até dobrar o PIB local. O contrário também ocorre, de fechar uma coisa dessas e o PIB cai bastante – explica o gerente de estatística.

O PIB municipal leva mais tempo a ser divulgado que o brasileiro porque os dados nacionais são feitos por amostragem e só depois são confirmados nos estados e municípios.

Veículo: Jornal de Santa Catarina.
Edição: 11813.
Coluna: Economia.
Página: 10.
Jornalista: Alicia Alão (alicia.alao@diario.com.br).