Enchente no Sul e Vale do Itajaí

Caos é a única palavra que define o que um temporal de 45 minutos de duração causou em Criciúma. As chuvas começaram às 15h45 de ontem, trazendo estragos para a área central e bairros. As principais ruas do Centro da cidade, inclusive as praças Nereu Ramos e do Congresso, formaram um lago. Em algumas ruas, a água formou correnteza. Duas mulheres foram levadas ao Hospital São José, uma ferida e outra em crise nervosa. A Defesa Civil ainda não tem dados precisos de quantas famílias estão desalojadas.

Pelo menos 15 bairros, entre eles os cortados pelo rio Criciúma, tiveram registro de perdas. Quem estava no Centro ficou apavorado com a força da chuva e do vento. Nas ruas Marechal Deodoro, Rui Barbosa, Seis de Janeiro, Hercílio Luz e Cel. Pedro Benedet a água subiu entre 50 centímetros e um metro. Entre duas ruas, 40 carros foram atingidos, alguns quase ficaram submersos.

No Vale do Itajaí, as cidades atingidas pelas chuvas de terça-feira à noite foram Pomerode, Timbó e Rio dos Cedros. As três decretaram situação de emergência. De acordo com a Defesa Civil, em apenas três horas, choveu o equivalente a dois meses, deixando casas e plantações destruídas.

Em Pomerode, onde a Defesa Civil decretou situação de emergência, 600 famílias foram atingidas. "Em três horas, choveu mais de 120 milímetros, o equivalente às chuvas de dois meses. Foi pior que a catástrofe de novembro de 2008 em prejuízos materiais", compara o secretário da Defesa Civil, Laudir Carlos Buzarello.

Nem a Paróquia Apóstolo Paulo e a Escola Municipal Vidal Ferreira escaparam. A força das águas arrancou o asfalto de ruas e arrastou árvores.

Veículo: Jornal A Notícia.
Editoria: Geral.
Página: 18.