Na busca por votos para o segundo turno da eleição presidencial, os candidatos investem num pacto federativo mais amigável. Nos últimos compromissos públicos de campanha que realizaram, Geraldo Alckmin (PSDB-PFL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT-PCdoB-PRB) prometeram, respectivamente, aumentar o Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e facilitar o acesso dos prefeitos à burocracia estatal.
Ao participar de uma caminhada em João Pessoa na manhã da última sexta-feira (13), Alckmin comprometeu-se a trabalhar de maneira mais próxima com estados e municípios se for eleito, descentralizando o poder. O candidato ressaltou a importância de aumentar de 22,5% para 23,5% a fatia de arrecadação do Imposto de Renda (IR) e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) que compõe o FPM.
O aumento de 1% é uma reivindicação antiga dos municípios. Em agosto, entidades representativas explicaram à Agência Brasil que almejam uma revisão do pacto federativo, a fim de que os governos municipais recebam mais verba federal, já que vêm assumindo mais responsabilidades.
Em comício na cidade de Valparaíso (GO), cidade carente no entorno do Distrito Federal, o candidato do PT disse que, caso seja reeleito, vai facilitar o acesso de prefeitos ao governo federal por meio de escritórios da Caixa Econômica Federal em todas as capitais, “para que não tenham que vir a Brasília pedir favor a ninguém”. Afirmou que governará prioritariamente para os pobres e não discriminará governadores de outros partidos.
Lula também prometeu saneamento básico para Valparaíso, onde obteve 55,61% dos votos válidos no primeiro turno %u2013 no total do estado de Goiás, alcançou 40,17%, contra 51,50% do adversário. “Cada real que a gente colocar no tratamento de esgoto e na melhoria da qualidade da água, a gente economia R$ 4 na saúde”. Ele comprometeu-se a abrir uma extensão universitária no entorno do Distrito Federal ainda no atual mandato como presidente.
Fonte: Estado de Minas Gerais