Blumenau analisa áreas atingidas

Técnicos da Defesa Civil e da prefeitura de Blumenau se reúnem na manhã de hoje para analisar o mapa das áreas atingidas pela enxurrada de sexta-feira. O grupo vai definir as ações e a necessidade de remover famílias e isolar as áreas de risco.

Ontem à tarde, integrantes da Defesa Civil, geólogos e funcionários das secretarias de Obras e de Serviços Urbanos percorreram áreas atingidas dos bairros Progresso e Velha Grande para medir o tamanho dos estragos. No Morro do Artur, no Progresso, cerca de 30 imóveis foram condenados.

Entre os problemas encontrados, estão 20 pontes prejudicadas, oito pontilhões arrancados, danos no calçamento e nas tubulações em mais de 100 ruas, e 72 áreas com registro de deslizamentos de terra. O balanço dos estragos, com o valor do prejuízo, será concluído até o final da semana. O documento é necessário para que o prefeito João Paulo Kleinübing possa decretar situação de emergência.

O resultado do levantamento também servirá de base para a elaboração de um mapa de riscos das áreas mais afetadas. Com base nele, a Defesa Civil poderá interditar provisoriamente imóveis em áreas de risco.

Ontem, apenas duas famílias permaneciam no abrigo montado na Escola José Vieira Corte, no Progresso. À noite, assistentes sociais começaram a levantar a situação de cada família para definir o que fazer com elas.

Abastecimento de água ainda não está normalizado

O Samae prorrogou o prazo para que o abastecimento seja totalmente normalizado. A expectativa era de que o fornecimento voltasse hoje ao normal, mas a abertura das comportas de Taió forçou o adiamento. O presidente do Samae, Evandro Schuller, prometeu regularizar tudo nesta semana, mas não informou o dia.

– Dependemos só do tempo. Enquanto chover lá, teremos problemas por aqui – explica Schuller.

A produção, ontem, ficou em 700 litros por segundo – o normal é 800 litros – mas todos os bairros são atendidos. O tratamento foi interrompido para a retirada do lodo de dentro dos tanques de decantação, onde a sujeira se desprende da água.

Mas, o pedido e racionamento prossegue, já que a água não tem pressão suficiente para chegar aos pontos mais altos da cidade. Se a sujeira que está no Alto Vale do Itajaí chegar à cidade, o abastecimento pode ser novamente prejudicado.

Veículo: Jornal de Santa Catarina.
Edição: 9068.
Editoria: Geral.
Página: 22.