A interdição da BR-376, que liga Joinville a Curitiba, causou prejuízos de R$ 8 milhões em consequência de caminhões parados na estrada, informou ontem a Federação das Empresas de Transporte de Cargas e Logística do Estado de Santa Catarina (Fetrancesc).
O tráfego na rodovia foi parcialmente liberado na noite da última terça-feira, e nas 11 primeiras horas 9,1 mil veículos de carga passaram pelo trecho – 4,8 mil no sentido Joinville-Curitiba e 4,3 mil no sentido Curitiba-Joinville.
Como somente uma pista está liberada, há um revezamento no fluxo. A cada duas horas é alternado o sentido do tráfego. O presidente da Fetrancesc, Pedro Lopes, disse que a queda de barreiras aumentou o tempo de viagem entre os 120 quilômetros que separam as duas cidades.
Em um dia normal, o percurso é realizado em duas horas, mas nas atuais condições, o tempo médio é três vezes maior. A abertura parcial da BR-376 ao menos causou a diminuição das filas.
Nas primeiras horas da manhã de ontem, a soma do congestionamento nos dois sentidos chegava a 44 quilômetros. No final do dia, havia reduzido para 26 quilômetros.
O supervisor operacional da Cooperativa dos Transportes de Joinville (Coopercargo), Eduardo Butzke, declarou que a expectativa é de a si- tuação ser normalizada até o final de semana. Existe uma demanda reprimida porque os caminhoneiros do Norte do Estado não saíram de casa porque sabiam que enfrentariam problemas. Na segunda-feira e terça-feira, a fila era formada na maioria por caminhões do Rio Grande do Sul.
A única alternativa seria dirigir até a BR-470 e seguir até a BR-116 para, só então, chegar a Curitiba, numa viagem 510 quilômetros maior. Ele disse que a alternativa não compensava porque encarecia o frete em 33% tornando o transporte inviável porque a margem de lucro no ramo é de 30%.
Veículo: Jornal Diário Catarinense.
Edição: 9111.
Editoria: Geral.
Página: 38.