Governo do Estado manteve benefício de sete empresas

Um caso complicado é o das 11 empresas que se beneficiavam do 148-A. O artigo, revogado, reduzia a alíquota normal de ICMS de 12% ou 17% para 0,42% mais 0,50% de imposto para o Fundo Social.

Segundo o secretário da Fazenda, Ubiratan Rezende, "sete ou oito" delas foram autorizadas pela Assembleia a continuar com o benefício enquanto esperam por uma alternativa.

Entre elas está o First Group, que importou mais de US$ 1 bilhão por SC em 2010 e engloba marcas como a Midea do Brasil, maior fabricante de ar-condicionado split do mundo, e a marca esportiva Dunlop.

– Apesar da insegurança jurídica pela falta de uma alternativa, temos a plena confiança que o governo catarinense dê uma solução viável para empresas como a nossa, que geram empregos e movimentam uma cadeia produtiva no Estado – afirma Natanael Santos de Souza, presidente do grupo.

Segundo ele, o First Group gera 220 empregos diretos e o triplo de indiretos. Além disso, movimentou 8 mil contêineres pelos portos catarinenses no ano passado.

Nos EUA a disputa entre estados é vista como oportunidade

Do volume total comprado no exterior, 95% dos produtos não têm como destino os consumidores catarinenses. Ou seja, se a importação não fosse feita por Santa Catarina, seria por outros estados.

– Nos Estados Unidos a disputa entre estados é vista como uma oportunidade, não como guerra fiscal, porque traz competitividade. Santa Catarina tem vocação industrial e logística, e uma lógica não anula a outra – argumenta Souza.

Apenas novos pedidos de concessão para empresas que não estão incluídas no Pró-Emprego e que gostariam de importar produtos para venda, assim como matérias-primas que seriam revendidas para terceiros, estão suspensos até este mês.

Veículo: Jornal de Santa Catarina.
Edição: 12194.
Editoria: Economia.
Página: 8.
Jornalista: Alessandra Ogeda (alessandra.ogeda@diario.com.br).