O índice de retorno do ICMS para a região da Ammvi deu-se positiva neste ano, ficando em 2,16%. Este número foi possível pela grande campanha de conscientização que a Associação e as Prefeituras vêm difundindo na região. Bons resultados foram colhidos pela maioria dos municípios.
Conforme Célio Francisco Simão, economista da Ammvi, levando em consideração que na região predomina a atividade no setor têxtil e houve uma crise nas exportações, o índice ficou dentro do esperado. Os agravantes ficaram por conta dos setores específicos como o madeireiro. Setor este que no município de Benedito Novo ocasionou queda de 5,78%, atingida pela ruptura das exportações e dólar fraco.
O economista explica ainda que os municípios que possuem um parque mais diversificado ou estão partindo para outros setores, como os municípios de Indaial, Pomerode e Timbó, dividem o crescimento proporcional. “Entretanto, não podemos deixar de frisar que o têxtil é o maior, e desponta” afirma.
“No município de Timbó, o ramo metalúrgico cresceu, em nível nacional, cerca de 26%, o que era já de se esperar, pois as empresas do mesmo ramo em Indaial também tiveram um crescimento representativo” destaca. Simão complementa que no município de Indaial o setor que despontou foi o têxtil seguido do metalúrgico, já no município vizinho (Timbó) foi o inverso.
Pomerode mantém sua produção voltada para empresas de tecnologia, seguida das têxteis com suas marcas expressivas. Já no Vale do Itajaí Mirim, os municípios associados à Ammvi, a exemplo de Guabiruba, despontam com um parque de indústrias diversificadas e prestadoras de serviço, embora que nos últimos anos vêm atraindo outros ramos de atividade, como também é o caso do município de Gaspar.
Para Simão, Brusque desponta pela suas indústrias metalúrgicas, fornecedoras de peças automobilísticas, embora que as têxteis já dividem a participação na produção. Já os pequenos municípios, voltados à agricultura, têm sua capacidade limitada ao parque fabril, bem como a oferta de mão-de-obra.
Segundo o economista, Blumenau possui o maior parque fabril da região do Médio Vale e continua voltando suas atividades ao ramo têxtil, atraindo pequenas e médias empresas, pois o município sentiu os impactos ocasionados aos cofres públicos com a saída de grandes empresas. “Aposta num crescimento razoável, mas que certamente, espera doravante não sofrer os solavancos das quedas no PIB do município” complementa. Para ele, Blumenau aposta ainda, no crescimento dos serviços que têm dado bons retornos com um incremento nas receitas locais.
A AMMVI, fecha o ano de 2006 com cautela na expectativa de crescimento. Calcula que o Estado deva apresentar um crescimento não mais de 9% em 2006 em relação a 2005. Com isto os municípios com diversificação no parque fabril devem crescer um pouco e/ou permanecer no mesmo patamar, um crescimento tímido.
Município | Índice de retorno do ICMS | Variação em relação ao ano anterior |
Apiúna | 0,21621 | 8,62 |
Ascurra | 0,10710 | -1,89 |
Benedito Novo | 0,18149 | -5,78 |
Blumenau | 5,11787 | 0,95 |
Botuverá | 0,09643 | -1,16 |
Brusque | 1,69045 | 7,29 |
Doutor Pedrinho | 0,07872 | -2,02 |
Gaspar | 0,75546 | 2,60 |
Guabiruba | 0,18761 | 7,90 |
Indaial | 0,84227 | 1,96 |
Pomerode | 0,55005 | -2,14 |
Rio dos Cedros | 0,21379 | 6,90 |
Rodeio | 0,13398 | -0,25 |
Timbó | 0,73088 | 2,20 |
TOTAL | 10,90231 | 2,16 |
Fonte: Ascom AMMVI