Nesta segunda-feira, 19 de novembro, aconteceu a abertura do 25º Encontro Econômico Brasil-Alemanha, que se estende até terça-feira (20/11), no Parque Vila Germânica, em Blumenau. O evento reuniu mais de 1.400 empresários e políticos brasileiros e alemães. A solenidade contou com as presenças do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva; do ministro da Economia e Tecnologia da Alemanha, Michael Glos; do governador de Santa Catarina, Luiz Henrique da Silveira; dos ministros Miguel Jorge (Desenvolvimento, Indústria e Comércio) e Paulo Bernardo Silva (Planejamento, Orçamento e Gestão), entre outras autoridades.
A cerimônia iniciou com a fala do presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), Alcântaro Corrêa. Segundo ele, "o encontro é o ponto de partida para a integração entre os dois países e pode fortalecer ainda mais os vínculos entre o Brasil e Alemanha". Ressaltou que neste evento devam surgir oportunidades de cooperação, realização de negócios em diversas áreas, ampliação do comércio bilateral e descoberta de investimentos, além de implementação de ações conjuntas nas áreas científica e tecnológica.
Para Armando Monteiro Neto, presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), o evento comprova a parceria entre os países. "Tenho certeza que o encontro será muito produtivo, pois as empresas estão se expandindo em ritmo acelerado e os números da economia atestam que o Brasil mudou para melhor", afirmou. Segundo ele, a economia tem demonstrado vitalidade e "estamos confiantes para vencer os obstáculos e alcançar uma visão ampliada em relação à formação de parcerias entre Brasil e Alemanha", disse.
O governador de Santa Catarina, Luiz Henrique da Silva, que transferiu a sede do governo catarinense de Florianópolis para Blumenau durante o evento, frisou que o Estado tem o melhor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), com o menor nível de pobreza do Brasil. Convidou os empresários alemães a investir em Blumenau e em Santa Catarina, pois "aqui encontram condições humanas, climáticas, políticas e culturais que favorecem a implantação de empresas alemãs".
Miguel Jorge, ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, citou vários números que comprovam o aumento médio de 15% ao ano nas relações comerciais entre os dois países, nos últimos 5 anos. O Brasil é o principal parceiro econômico da Alemanha na América Latina. A balança comercial deve fechar o ano com um volume de 15 bilhões de dólares, um aumento de 24% em relação a 2006. A Alemanha ocupa o quinto lugar na lista de parceiros comerciais do Brasil.
Já p presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva Lula enalteceu o ambiente amistoso e promissor de discussões sobre as relações econômicas, políticas e culturais entre os dois países e abordou também o crescimento na área de ciência e tecnologia no Brasil, devido aos investimentos de empresários brasileiros e acordos bilaterais com a União Européia.
As novas alternativas de energia também foram temas da fala do presidente Lula, com destaque para o biodiesel e o etanol. Ele chamou a atenção dos empresários e autoridades alemãs sobre a Amazônia Legal, dizendo que "ninguém tem mais interesse em preservar a Amazônia que o Brasil, e nós jamais vamos introduzir o biocombustível na região amazônica".
Fonte: Aldo Schmitz