Santa Catarina é referência nacional na educação, segundo pesquisa do IBGE

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou no dia 18 de setembro, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2007, na qual foram investigados aproximadamente 400 mil pessoas em quase 148 mil domicílios por todo o país a respeito de sete temas: dados gerais da população, migração, educação, trabalho, família, domicílios e rendimento.

Na pesquisa, Santa Catarina é referência nacional na educação: 99% das crianças e adolescentes de 7 a 14 anos de idade estavam na escola em 2007. Acompanhe alguns pontos da pesquisa.

Santa Catarina tinha a maior proporção de jovens de 7 a 14 anos na escola

Em 2007, do total de pessoas com 4 anos ou mais de idade no Brasil (190 milhões), cerca de 56,3 milhões eram estudantes. No contingente de jovens de 7 a 14 anos de idade foi verificada a maior freqüência à escola (97,6%), resultado estável em relação a 2006. Em termos regionais, essa taxa foi de, aproximadamente, 98% nas regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste; 97,1% no Nordeste e 96,2% no Norte.

Os estados da região Sul foram os que mais se destacaram, como no caso de Santa Catarina, onde 99% de crianças e adolescentes de 7 a 14 anos de idade estavam na escola. Já as menores taxas de escolarização para este grupo de idade foram verificadas nos estados das regiões Norte e Nordeste, particularmente, no Acre (91,3%), Pará (96,2%) e Alagoas (96,2%).

De 1992 a 2007, a da taxa de escolarização das pessoas de 7 a 14 anos de idade aumentou 11,1 pontos percentuais, passando de 86,6% para 97,7%, que representou um contingente de aproximadamente 27 milhões de estudantes nessa faixa de idade em 2007. Dentre as regiões, o crescimento mais significativo da taxa de escolarização foi na região Nordeste, que era de 79,7% em 1992 subindo para 97,1%, o que equivaleu a um aumento de 17,4% no período.

Cresceu o percentual de freqüência à escola no grupo de crianças de 4 ou 5 anos

A pesquisa chama atenção para o crescimento da freqüência à escola entre as crianças de 4 ou 5 anos. Em 2007, o percentual foi de 70,1%, que representa 2,5 pontos percentuais acima do resultado de 2006.

De 2006 para 2007, mais de 250 mil alunos entraram no ensino superior

Em todo o país, dos 56,3 milhões de estudantes de 4 anos ou mais, 7,9% estavam cursando o ensino pré-escolar (maternal, jardim de infância etc.); 63%, o ensino fundamental e alfabetização; 16,6% o ensino médio e 10,9% o ensino superior. Em relação a 2006, o número de estudantes no ensino superior cresceu 4,3% e, em relação a 2005, a taxa de crescimento foi de 13,2%. O ensino médio, por outro lado, teve ligeira queda, de 0,6% em relação a 2006.

Em 2007, 14 milhões de brasileiros com 15 anos ou mais de idade eram analfabetos

De 2006 para 2007, a taxa de analfabetismo passou de 10,4% para 10%, que representa cerca de 14,1 milhões de analfabetos com 15 anos ou mais de idade. A Pnad mostra que, nos últimos 15 anos, foram verificados avanços significativos na educação, lembrando que a taxa de analfabetismo das pessoas com 15 anos ou mais chegara a 17,2% em 1992. %. As menores taxas de analfabetismo das pessoas de 15 anos ou mais de idade foram observadas no Sudeste (5,7%) e na Região Sul (5,4%). Em 1992 essas duas regiões tinham taxas de 10,9% e 10,2%, respectivamente.

População feminina chegou a 97,2 milhões

Em 2007, a população do país somava 189,8 milhões de pessoas, sendo que as mulheres respondiam por 51,2% da população residente e os homens, por 48,8%; respectivamente, 97,2 milhões e 92,6 milhões de pessoas. Em relação a 2006 não houve mudança significativa na distribuição por sexo da população residente, que era 51,3% de mulheres e 48,7% de homens.

Número de desocupados caiu 1,8% entre 2006 e 2007

Em 2007, havia no Brasil 159 milhões de pessoas em idade ativa (10 anos ou mais de idade), 2% mais que em 2006. Dessas, 62% eram economicamente ativas, ou seja, estavam inseridas no mercado de trabalho, sendo que 57,0% estavam ocupadas e 5,1%, desocupadas. Em 2006, a taxa de atividade havia sido estimada em 62,4%, com 57,2% de ocupados e 5,3% de desocupados. Na região Sul (62,4%) não houve alteração no nível de ocupação de um ano para o outro.

Grupo de ocupados com mais de 40 anos de idade foi o que mais aumentou

Por faixa etária, a população ocupada estava assim distribuída em 2007: de 10 a 14 anos, 1,8%; de 15 a 19 anos, 7,4%; de 20 a 24 anos, 12,4%; de 25 a 39 anos, 37,7%; de 40 a 59 anos, 34,1% e de 60 anos ou mais, 6,6%. Em relação a 2006, os grupos etários de 40 a 49 anos de idade (3,8%) e de 50 a 59 anos de idade (2,8%) foram os que mais cresceram. Por outro lado, as populações ocupadas de 10 a 14 anos e de 15 a 17 reduziram-se, a primeira em 7,1% e a segunda em 2,6%.

Cresceu a proporção de ocupados com maior escolaridade

Em 2007, a população ocupada mostrou maior escolarização do que em 2006. Para as pessoas ocupadas sem instrução e com menos de um ano de estudo e para as parcelas com de 1 a 3 anos e de 4 a 7 anos de estudo, houve reduções (-1,5%, -2,4% e -4,2%, respectivamente). Já a população ocupada com 8 a 10 anos de estudo cresceu em 5,4%, e aquela com 11 anos ou mais de estudo registrou aumento de 5,9%.

35,3% dos trabalhadores tinham carteira assinada

Em 2007, 35,3% dos trabalhadores brasileiros tinham carteira de trabalho assinada, totalizando 32 milhões de pessoas. Em 2005, esse percentual era de 33,1%, tendo aumentado para 33,8% em 2006. As cinco grandes regiões apresentaram crescimento nesse indicador, com destaque para o Nordeste, que teve elevação de 8,5% no número de ocupados com carteira assinada – no Brasil como um todo, esse aumento foi de 6,1%.

Pela 1ª vez desde os anos 90, a maioria dos trabalhadores contribuía para a Previdência

Em 2007, 46,1 milhões de trabalhadores contribuíam para instituto de Previdência. Em relação a 2006, foi registrado um crescimento de 5,7% nesse contingente: de 48,8%, para 50,7% em 2007. Em todas as regiões foi registrado crescimento da proporção de contribuintes para a Previdência Social, sendo que o maior percentual deles entre os ocupados foi verificado no Sudeste (61,6%), e o mais baixo (32,1%), no Nordeste.

Rendimento de trabalho cresceu 3,2% em relação a 2006

O rendimento médio real mensal das pessoas de 10 anos ou mais de idade ocupadas (e com rendimento de trabalho) cresceu pelo terceiro ano consecutivo e chegou a R$ 956,00. O aumento real de 3,2% observado de 2006 para 2007, no entanto, foi inferior aos de 2005 para 2006 (7,2%) e de 2004 para 2005 (4,5%). Assim, o crescimento acumulado desde 2004 (R$ 827,00) foi de 15,7%.

Em relação a 2006, as maiores taxas de crescimento foram nas regiões Centro-Oeste (8,0%) e Norte (5,7%). No Nordeste, Sul e Sudeste, as taxas foram de 2,2%, 3,8% e 1,9%, respectivamente. Em 2007, o menor rendimento médio real mensal de trabalho das pessoas ocupadas foi observado no Nordeste (R$ 606,00) e o maior valor no Centro-Oeste (R$ 1.139,00).

Desigualdade nos rendimentos caiu, mas ainda persiste

Entre 2004 e 2007, houve reduções sucessivas no índice de Gini, no país (0,547, em 2004; 0,543, em 2005; 0,540, em 2006; e 0,528, em 2007). Entre 2006 e 2007, no Norte houve estabilidade (0,495 para 0,493); reduziu-se a concentração no Nordeste (de 0,565 para 0,547) no Sudeste (0,523 para 0,505) e no Sul (0,502 para 0,494). O Centro-Oeste teve aumento de concentração, de 0,541 para 0,551. Tais reduções, apesar de persistentes, tiveram baixo impacto. Em 2007, os 10% da população ocupada com os mais baixos rendimentos detiveram 1,1% do total dos rendimentos de trabalho, enquanto os 10% com os maiores rendimentos recebiam 43,2%, demonstrando que a concentração de rendimento ainda perdura.

Em relação a 2006, o rendimento de todas as fontes cresceu 2,7%

O rendimento médio real de todas as fontes (das pessoas de 10 anos ou mais de idade com rendimentos) cresceu 14,8% entre 2004 e 2007, com ganhos de 5,1%, de 2004 para 2005, de 6,1%, de 2005 para 2006, e de 2,7%, de 2006 para 2007. Os valores reais médios nestes quatro anos foram R$ 820,00, R$ 862,00, R$ 916,00 e, R$ 941,00, respectivamente.

Os ganhos reais nos rendimentos médios de todas as fontes para as classes de rendimentos mais baixos foram, em geral, superiores aos observados nas classes de rendimentos mais altos. A metade inferior da distribuição de rendimentos de todas as fontes detinha, em 2004, 15,2% do total; em 2005, 15,8%; em 2006, 16,1%; e em 2007, 16,8%. Tais resultados e a evolução dos índices de Gini demonstraram discreta redução na concentração desses rendimentos.

Rendimento domiciliar cresceu 1,5% em relação a 2006

O rendimento médio real dos domicílios particulares permanentes com rendimento foi de R$ 1.567,00 em 2004, de R$ 1.645,00 em 2005, de R$ 1.770,00 em 2006 e de R$ 1.796,00, em 2007, com ganhos reais por três anos consecutivos: de 5,0% em 2005, de 7,6% em 2006 e de 1,5% em 2007.

Rendimento do trabalho é o maior desde 1999, mas ainda é inferior ao de 1997

O patamar do rendimento médio real de trabalho do ano de 1997 não foi retomado, embora tenham ocorrido ganhos, especialmente, no período mais recente (2004 a 2007). Em 2007, o rendimento médio mensal real de trabalho das pessoas ocupadas e com rendimento (R$ 960,00) superou o de 1999 (R$ 932,00), mas teve perda de 6,0% em relação 1997 (R$ 1.011,00).

Pela primeira vez, mais da metade dos domicílios do país tem acesso à rede de esgoto

Em 2007, a Pnad estimou em 56,345 milhões os domicílios particulares permanentes no país, 1,735 milhão de unidades a mais que no ano anterior. A quantidade de domicílios próprios cresceu em 0,7 ponto percentual, destacando-se o percentual de domicílios próprios quitados (69,8%), que aumentou em todas as regiões. No Sul houve queda de 0,1 ponto percentual, apresentando média de 3,1 moradores por domicílio.

Energia elétrica chegava a 98,2% dos domicílios do país

O fornecimento de energia elétrica é o serviço público que possui o maior alcance no país. Com a expansão de 0,5 ponto percentual desde 2006, 98,2% domicílios do país tinham este serviço em 2007.

4,8 milhões de brasileiros com entre 5 a 17 anos estavam trabalhando em 2007

Houve redução no trabalho infantil no país de acordo com a Pnad 2007. A proporção de crianças e adolescentes entre 5 a 17 anos que trabalhavam caiu de 11,5%, em 2006, para 10,8%, em 2007. Ou seja, de um total de 44,7 milhões de pessoas nesta faixa etária, a redução foi de 5,1 milhões para 4,8 milhões de trabalhadores (menos cerca de 300 mil ocupados).

Maior parte do trabalho infantil era agrícola, não-remunerado ou remunerado mas sem registro

A Pnad 2007 confirmou uma das principais características do trabalho infantil no país: 60,7% das crianças na idade de 5 a 13 anos ocupados estavam inseridos em atividades agrícolas. Havia predominância de atividades não-agrícolas na faixa de 14 ou 15 anos de idade (58,9%) e 16 ou 17 anos (72,9%). O trabalho infantil agrícola não-remunerado na faixa de 5 a 13 na região Sul era de 96,3%.

No Brasil, na passagem de 2006 para 2007, subiu de 79% para aproximadamente 87,4% o percentual de crianças e adolescentes de 16 ou 17 anos de idade que estavam trabalhando como empregados ou trabalhadores domésticos e não tinham carteira assinada. Na região Sul, o percentual dos trabalhadores com carteira assinada era o mais alto (19,0%).

Crianças e jovens do sexo masculino trabalhavam mais horas do que as do sexo feminino

Quase um terço (30,5%) das crianças e adolescentes de 5 a 17 anos ocupados cumpria jornada semanal de trabalho de 40 horas ou mais. O percentual de homens ocupados com 5 a 17 anos de idade que cumpria 40 horas ou mais de trabalho semanal (31,9%) era superior ao de mulheres da mesma faixa etária (27,3%). Por outro lado, o percentual de mulheres (27,8%) que trabalhavam até 14 horas semanais era superior ao de homens (19,4%). Em média, um adulto com 18 anos ou mais de idade trabalhava cerca de 41,1 horas, enquanto um menor de 5 a 17 anos de idade, trabalhava aproximadamente 27,0 horas.

Quase metade das crianças e adolescentes ocupados trabalhava sem remuneração

Uma parcela relevante das crianças e adolescentes de 5 a 17 anos de idade ocupados na semana de referência trabalhava sem receber rendimento por seu trabalho (44,9%). Em 2007, o rendimento médio mensal do trabalho das crianças e adolescentes com remuneração no País era R$ 246,00 e teve crescimento de 11,6% em relação a 2006. No Sul (R$ 297,00) era aproximadamente o dobro do observado no Nordeste (R$ 138,00).

De 2006 a 2007, população jovem caiu 0,7%

A Pnad 2007 reafirma a tendência de envelhecimento da população verificada nos últimos anos. De 2006 para 2007, o contingente da população de 40 anos ou mais de idade cresceu 4,2% enquanto que o grupo mais jovem, de 0 a 14 anos, apresentou redução de 0,7%. Segundo a pesquisa, esse comportamento se repete em todas as regiões, com exceção da Região Norte, onde na faixa etária de 0 a 14 anos foi registrado um crescimento de 1,3% no período. Já as menores participações nessa faixa etária ficaram com os estados das regiões Sudeste e Sul como, por exemplo, Santa Catarina (6,1%).

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Fonte: ASCOM AMMVI com informações do IBGE

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