Está confirmada a abertura do Hospital de Campanha (HCamp) da Força Aérea Brasileira (FAB) nesta segunda-feira (1/12), no trevo Itajaí-Ilhota, no entroncamento da BR-101 com a rodovia Jorge Lacerda. O hospital objetiva dar apoio a estrutura de saúde do Estado no atendimento das vítimas de enchente da região do Vale do Itajaí.
Segundo o Superintendente de Hospitais Públicos de Santa Catarina, Roberto Hess de Souza, o local é estratégico para o atendimento da população das cidades de Itajaí, Ilhota, Gaspar e Blumenau, onde estão cerca de 80 mil pessoas desabrigadas. Ao menos 30 mil pessoas estão em abrigos. "O apoio do hospital ajudará a estrutura de saúde nesta fase em que podem aparecer doenças, como a leptospirose e a hepatite", afirma o superintendente.
Conforme Souza, equipes médicas que estão nas áreas críticas e nos abrigos nas cidades farão uma primeira triagem, encaminhando pacientes, se necessário, para o HCamp. Por conta da localização, a remoção será feita em ambulâncias ou, em caso de urgência, em um dos 15 helicópteros que apóiam o atendimento de saúde na região. Será avaliada a necessidade de o HCamp atender a moradores das imediações dessas rodovias.
O HCamp é uma unidade de saúde móvel, que pode ser transportada em avião e que destina-se a atender feridos em combate em um curto período de internação. O modelo usado pela FAB tem sete módulos (barracas) climatizados, os quais podem ser montados em diversas configurações, dependendo da necessidade, para o funcionamento de unidade de atendimento e emergência, raio-X, enfermaria, odontologia, centro de terapia intensiva, laboratório e farmácia. O hospital tem capacidade para realizar 400 atendimentos por dia.
Na operação em Santa Catarina, o hospital militar terá equipes nas especialidades básicas de clínica médica, ortopedia, pediatria, ginecologia e odontologia. Cerca de 80 militares, de diversas especialidades e de equipes de apoio, participarão do esforço de atendimento na área de saúde, além das equipes de helicópteros e aeronaves de transporte da FAB que operam a partir do Aeroporto de Navegantes.
"Depois da inundação, nossa maior preocupação é o aparecimento de doenças, principalmente aquelas transmitidas pela água contaminada", explica o Tenente-Coronel-Médico Gilberto do Amaral Teixeira, da Subdiretoria de Logística da Diretoria de Saúde da Aeronáutica (DIRSA).
Fonte: Ascom AMMVI com informações da FAB