O governador Luiz Henrique da Silveira assinou decreto que oficializa a criação do Grupo Técnico Científico (GTC) encarregado de avaliar, identificar as causas e efeitos, e estudar ações preventivas às catástrofes naturais em Santa Catarina. O ato ocorreu na tarde desta quarta-feira (17), no salão nobre da prefeitura de Blumenau, e contou com a presença do primeiro vice-presidente da AMMVI, Ércio Kriek, prefeito de Pomerode.
Conforme o decreto, o Grupo terá caráter permanente de atuação, gerando um processo imediato de avaliação e análise contínua das ações mitigatórias, adaptativas e de monitoramento ambiental, propondo ao governo medidas de natureza pública para o fortalecimento do sistema de prevenção às catástrofes naturais no estado. Outros eventos como secas, ciclones e furacões serão objeto de pesquisas futuras.
O GTC tem prazo de seis meses para apresentar ao governo estadual uma avaliação técnica e científica das diferentes catástrofes naturais ocorrentes em Santa Catarina. "A proposta do governo é ter uma base científica e tecnológica para a definição de políticas públicas que evitem novas tragédias como a observada no mês passado", esclarece o presidente da Fapesc. Segundo ele, ainda é papel desse grupo tentar implementar, ao longo do próximo semestre, medidas concretas de prevenção.
Em seu pronunciamento, o prefeito João Paulo Kleinübing, de Blumenau, ratifica a importância da parceria e comprometimento das esferas de governo, entidades e sociedade civil na reconstrução dos municípios atingidos. "Deve haver um compromisso com o futuro de todos nós" afirma.
O prefeito falou ainda da necessidade de realizar um novo planejamento das cidades e reunir todas as competências para um estudo mais detalhado da geologia da região, de modo que "possamos compreender o que aconteceu e trabalhar preventivamente para que não se tenha isso denovo" acrescenta.
Além da Fapesc o Grupo é composto por representantes da Secretaria de Desenvolvimento Social (SDS), Ufsc, Udesc, Unisul, Univille, Univali, Furb e Epagri/Ciram. Permanece aberto à participação de outras instituições municipais, estaduais, federais e internacionais.
As reuniões serão realizadas periodicamente, cujo primeiro encontro está marcado para o dia 2 de fevereiro, quando iniciam as atividades de caráter interdisciplinar e transdisciplinar nas áreas de geotécnica e solos, meteorologia e clima, hidrologia, geoprocessamento, urbanismo, monitoramento ambiental, educação ambiental, gestão florestal, tecnologia da informação e disciplinas sócio-econômicas.
Serão criados três grupos temáticos multidisciplinares: enchentes, inundações, deslizamentos e enxurradas; secas e estiagens; e ciclones, tornados, furacões, ressacas e mudanças climáticas.
Fonte: Michele Prada, assessoria de comunicação – Ascom Ammvi.
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