Sustentabilidade é tema do segundo painel do Seminário de Desenvolvimento Turístico

Na tarde desta terça-feira (22), o segundo painel do 2º Seminário Catarinense de Desenvolvimento Turístico Municipal discutiu sustentabilidade. Na programção estavam os temas "turismo de base comunitária", "turismo com estratégia de conservação ambiental" e "turismo rural na agricultura familiar", todos levantando questões relacionadas à atividade turística e sua integração com o meio ambiente.

Na primeira palestra, a representante da Associação de Agroturismo Acolhida na Colônia, Thaise Guzzatti, apresentou aos participantes o conceito de turismo de base comunitária e suas diferenças em relação ao turismo tradicional. Nessa vertente, alguns itens são prioridade, como o fato de ser um projeto coletivo e partindo da própria comunidade, da qual fazem parte os planejadores e gestores dos projetos turísticos, além da geração e distribuição de renda de maneira equitativa e a destinação de parte dos benefícios e recursos aos projetos locais comuns.

Guzzatti citou outros elementos que envolvem o projeto de turismo comunitário, como valorização da cultura e das identidades locais e sustentabilidade social. Citou o exemplo do projeto Saúde e Alegria, desenvolvido por um médico do Amazonas que visita, de barco, famílias que vivem isoladamente e que não dispõem de atendimento. O projeto "Acolhida na Colônia" segue a mesma linha, chamada pela palestrante de "turismo com conteúdo", já que o turista tem a oportunidade de conhecer o cotidiano de uma comunidade.

A segunda palestra foi ministrada pelo presidente da Fundação do Meio Ambiente (Fatma), Murilo Flores. O palestrante apresentou informações que colocam o turismo como estratégia de conservação ambiental. Flores explicou que os elementos de turismo catarinense (diversidade étnica e ambiental, preservação de paisagens e capacidade empreendedora) podem ser usados como promotores de desenvolvimento, além de prezar pela sustentabilidade. Ainda em sua apresentação, falou sobre o exemplo da Costa Rica, um país de pequenas dimensões mas que investiu em sua imagem e tornou-se pólo de atração turística.

Para Flores, um exemplo de integração entre turismo e sustentabilidade são os parques. Citou o parque de Yellowstone, nos Estados Unidos, que recebe três milhões de visitantes por ano. Também em Santa Catarina, existem diversos parques belíssimos nos quais se pode investir e revigorar o turismo voltado para belezas naturais, flora e fauna das regiões. Ao final da palestra, diversas perguntas feitas pelos participantes abordaram a questão da preservação e do código ambiental catarinense.

Na terceira e última palestra, o turismo rural foi o assunto discutido. Na mesa composta pelo assessor da Comissão de Turismo e Meio Ambiente da Alesc, Luiz Otávio Cabral; pelo técnico da Epagri, Luiz Toresan, pela gerente de políticas de Turismo da Secretaria de Estado de Turismo, Cultura e Esporte, Elisa de Liz; e pelo secretário de Turismo de Rancho Queimado, Gilson Schmitz. Na mesa, discutiu-se sobre a regulação do turismo de agricultura familiar e a legislação que garante apoio à essa atividade.

Fonte: Ascom Fecam.