A tragédia na região serrana do Rio de Janeiro está mobilizando milhares de pessoas, nos últimos dias, para colaborar com donativos e ajudar aos atingidos pelas enchentes e deslizamentos de terra.
A Secretaria de Saúde e Defesa Civil do estado atingido pede que sejam doados água, alimentos não perecíveis (como leite em pó, arroz, feijão e óleo, por exemplo), fósforos, velas, isqueiros e produtos de higiene pessoal (como creme dental, sabonete e absorventes íntimos). Roupas, sapatos e água não são necessários, pois esses itens já estão sendo recolhidos e enviados para as vítimas por outros órgãos e entidades sociais.
No Médio Vale do Itajaí, oito municípios já iniciaram campanha em auxílio às vítimas da tragédia. Apiúna, Benedito Novo, Blumenau, Brusque, Gaspar, Indaial, Rio dos Cedros e Timbó já iniciaram campanhas de arrecadação de recursos, por meio de conta bancária específica, ou recolhimento de donativos em pontos da cidade.
A corrente de solidariedade espalhada pelo Médio Vale é uma forma de retribuição à ajuda recebida na tragédia em 2008, explica o secretário executivo da AMMVI. As pessoas interessadas em ajudar, podem procurar informações nas prefeituras de cada município.
Duas carretas com donativos às vítimas da tragédia já partiram de Blumenau aos municípios de Teresópolis e Petrópolis. O destino de entrega foi definido após contato com o secretário de Defesa Civil de Blumenau, major Aldo Baptista Neto, que se encontra naquele estado auxiliando as autoridades locais
Número de mortos pelas chuvas na região serrana passa de 800
O número de mortos pelas chuvas que atingiram a região serrana do Rio de Janeiro no início do mês chega a 820, de acordo com as prefeituras das cidades afetadas pela tragédia. Já o Ministério Público informa que ainda há 469 pessoas desaparecidas.
A devastação na região atingida na semana passada foi tão violenta que provocou uma mudança na geografia de toda aquela área. Engenheiros do Exército usaram tecnologia avançada para redesenhar o curso de rios e avaliar o que aconteceu com os morros após os deslizamentos. O trabalho vai ajudar na identificação dos pontos críticos, para agilizar a solução dos problemas.
Michele Prada, Ascom AMMVI.