A redução de R$ 18 bilhões do orçamento da União para este ano, anunciada pelo governo federal na segunda-feira (28), gerou preocupação às entidades municipalistas e gestores públicos municipais. O corte feito nos recursos destinados a emendas parlamentares foi causado para manter o equilíbrio econômico do país, segundo justificativa do governo.
O presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, avalia que a medida vai afetar as obras municipais em andamento, gerando obras não acabadas e desperdício de dinheiro público. Em entrevista ao jornal Valor Econômico, ele contou que o governo tratou indistintamente as emendas feitas a projetos do Executivo e aquelas destinadas a obras de iniciativa dos deputados.
Os cortes, tradicionalmente, focam as obras de iniciativa dos deputados, mas desta vez, o anúncio de corte não as diferenciou. Ziulkoski estima que vá faltar dinheiro em projetos de municípios em andamento no Ministério das Cidades cujas verbas já deveriam ter sido transferidas no governo anterior. Novos projetos com verba prevista pelo ministério devem sofrer ainda mais. "A confusão vai ser grande, esse corte é maior", pondera.
Ascom AMMVI com informações da Agência CNM.
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