Os presidentes e secretários executivos das associações dos municípios do Médio Vale do Itajaí (AMMVI), do Alto Vale do Itajaí (AMAVI), da Foz do Rio Itajaí (AMFRI) e da Federação Catarinense de Municípios (FECAM) se reuniram hoje (16), em Blumenau, para definir as prioridades dos municípios do Vale em nível estadual e federal, a fim de compor a pauta municipalista catarinense.
O presidente da FECAM, Douglas Gleen Warmling, prefeito de Siderópolis, disse que o objetivo deste ciclo de reuniões regionais com as associações municipais é conhecer as demandas e luta por elas. "Vamos mostrar que a FECAM luta e briga pelo municipalismo", disse.
Ademar Felisky, presidente da AMFRI e prefeito de Ilhota, defendeu a duplicação da BR-470 como prioridade para a região. Segundo ele, a malha viária da região não está dando conta da demanda, causando gargalos. Assim como ele, o presidente da AMMVI, Carlos Alberto Pegoretti, prefeito de Rodeio, endossou a demanda por melhores rodovias. "Como vamos viver do turismo com a BR-470 desse jeito?", indagou.
O presidente da AMAVI, Odenir Felizari, prefeito de Rio do Oeste, também sustentou a causa da duplicação da BR-470 e melhoria nos transportes. O secretário executivo da AMAVI, Agostinho Senem, falou da importância da melhoria da logística de transporte que, segundo ele, pode acontecer pela duplicação da rodovia e construção de uma ferrovia no Vale do Itajaí, facilitando o escoamento de produtos. De acordo com José Rafael Corrêa, secretário executivo da AMMVI, já existem projetos para estas duas áreas, mas o apoio e cobrança das entidades municipalistas são imprescindíveis.
Outro problema para os municípios apontado na reunião foi o aumento de encargos e responsabilidades sem o aporte de recursos. "O Estado e a União não podem ficar repassando encargos para os municípios sem repassar receita", disse Pegoretti. Conforme o presidente da AMMVI, a saúde sofre com o excesso de encargos, prejudicando o atendimento à população. "O governo do Estado tem que apoiar os municípios até mesmo através dos consórcios de saúde, pois estes já não conseguem mais pagar tudo sozinhos", salientou.
Como resultados da reunião foram eleitas duas prioridades: uma estadual e uma federal. A primeira traz a urgência de aumento de aporte financeiro do Estado para custear a saúde pública e verba suficiente para manter os hospitais existentes. Além disso, pleiteia-se o repasse de recursos diretamente aos consórcios intermunicipais de saúde que, a exemplo no Médio Vale, vem auxiliando os municípios no atendimento à demanda em exames de média e alta complexidade por meio da contratação de serviços.
Já na esfera federal, colocou-se a bandeira defendida há mais de 20 anos pelas entidades do Vale, que é a tão esperada duplicação da rodovia BR-470, principal caminho para o escoamento da produção catarinense. O documento com as reivindicações de todas as regiões do estado será finalizado pela FECAM e levado às esferas de governo e mobilizações municipalistas.
Ascom AMMVI.
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