A reunião desta segunda-feira (28) do Colegiado de Defesa Civil da Associação dos Municípios do Médio Vale do Itajaí (AMMVI) teve uma novidade: a presença de representantes da Secretaria de Estado de Defesa Civil. Caroline Margarida, gerente de prevenção e preparação, e Regina Panceri, gerente de capacitação, pesquisa e projetos, falaram da implantação de um plano de contingência nos 14 municípios da AMMVI e dos esforços que o governo estadual tem feito para amenizar os estragos provocados pelas catástrofes que assolam Santa Catarina.
De acordo com o secretário executivo da AMMVI, José Rafael Corrêa, o principal propósito da reunião foi fortalecer o colegiado, como já aconteceu com os outros grupos coordenados pela associação. "Vão entrar outros prefeitos (depois das eleições), mas queremos que essa área não seja esquecida e que seja dada continuidade", disse Corrêa na abertura do encontro. Para o presidente da AMMVI e prefeito de Rodeio, Carlos Alberto Pegoretti, que marcou presença na reunião, é de suma importância que se avance na Defesa Civil no colegiado, pois este é um tema prioritário.
Os planos da AMMVI são para que todos os municípios tenham o seu Plano de Contingência até o final do ano. "O Plano de Contingência tem a lógica de provocar a participação dos municípios. (…) Não adianta ter somente na gaveta o plano", disse Regina. "A gente acredita que o sistema de alerta não é só instalar. Tem que funcionar como um todo, com o mapeamento e o plano de contingência, para saber quais áreas evacuar", completou Caroline.
As duas gerentes estaduais debateram com os municípios as informações repassadas pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM) de uma setorização das áreas de risco – procedimento menos detalhado que o mapeamento. Elas chamaram a atenção para a importância da articulação dos órgãos estaduais nesse processo.
Metas
Conforme a apresentação de Regina e Caroline, as metas do governo estadual no setor da Defesa Civil para o Vale do Itajaí são três: plano de operação do Sistema de Monitoramento, Alerta e Alarme da Bacia do Rio Itajaí; mapeamento das áreas de risco; instalação do radar metereológico. Com estes dispositivos, a velocidade de resposta deverá ser mais rápida.
Municípios
O estado deverá dar assistência aos municípios na confecção dos planos de contingência através das coordenadorias de Defesa Civil, pois os municípios menores muitas vezes não possuem meios para executar esta tarefa. Em contrapartida, as prefeituras querem mais apoio por parte do governo estadual no quesito da Defesa Civil.
Apesar de o estado prestar este auxílio, Regina Panceri alertou para a necessidade de os municípios criarem as defesas civis municipais. Segundo ela, isso já é uma condição para receber recursos da União e do Estado, conforme a nova legislação.
Marcos Borges, Ascom AMMVI