A Umwelt GmbH apresentou na manhã desta quarta (20) o projeto executivo da construção de uma usina de biometanização que atenderá todo o Médio Vale. De acordo com a apresentação do gerente da empresa alemã, Frank Zörner, a estrutura que será erguida contará com equipamentos novos e automatizados que aumentarão a eficácia do processo seletivo e produzirão energia.
Para a elaboração do projeto, foram utilizados dados de estudo das alternativas de aproveitamento energético na região realizado ano passado. Foram exibidas duas possibilidades de infraestrutura da usina: uma centralizada num só lugar e outra descentralizada em três locais. Conforme Zörner, a opção de distribuir os espaços em três municípios é, em média, 42% mais cara que manter em um só local, no caso, em Blumenau, por ser este o maior gerador de resíduos.
A AMMVI, o Consórcio Intermunicipal do Médio Vale do Itajaí (CIMVI) e os técnicos municipais da área "vão analisar detalhadamente o projeto repassado para encontrar a melhor solução para todos os municípios", disse o presidente da associação e prefeito de Rodeio, Carlos Alberto Pegoretti.
Nos galpões e prédios que abrigarão a usina e os outros processos para a transformação dos resíduos orgânicos em biogás haverá triagem automatizada e manual que fará a correta separação dos resíduos orgânicos, encaminhando-os para a biometanização. O material resultante desse processo poderá ser comercializado como, por exemplo, para adubo, mas para isso, será levada em consideração as diretrizes da legislação nacional.
Segundo o gerente da Umwelt GmbH, o resultado da biometanização poderá ser convertido em gás natural ou eletricidade. A quantidade de energia produzida seria o suficiente para abastecer uma cidade de dez a quinze mil habitantes, e o volume de gás de 400 metros cúbicos. A projeção feita pelos alemães é de uma capacidade de 30 toneladas anuais de resíduos sólidos processados.
Ascom AMMVI