O economista da AMMVI, Célio Francisco Simão, acompanhou os trabalhos relativos ao movimento econômico da região do Médio Vale do Itajaí referente o exercício de 2013. Este trabalho foi executado na Secretaria de Estado da Fazenda (SEF) e diretamente nos municípios através de diagnósticos, análise de relatórios e acompanhamento de processos da SEF.
Simão explica que o valor adicionado de 2012 apresentou um crescimento de 13,59% em relação ao ano anterior. Em valores, significa que a região do Médio Vale do Itajaí teve um acréscimo produtivo de R$ 2,025 bilhões, crescimento histórico em relação aos últimos 10 anos.
Segundo o economista, os municípios que mais se destacaram no Índice de retorno do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para 2014 foram Botuverá, 11,27%; Blumenau, 1,95%, Gaspar, 1,83%; e Pomerode, 1,09%.
O bom resultado deve-se ao desempenho dos técnicos da AMMVI e municípios em corrigir falhas nas declarações do ICMS e do movimento econômico, bem como ajustar outras atividades que não puderam declarar, como por exemplo, contribuintes do regime especial e vendas porta a porta.
Já para outros municípios houve queda no índice de retorno do ICMS como, por exemplo, Rio dos Cedros (- 8,31%), Doutor Pedrinho (-6,1%), Benedito Novo (-4,43%), Ascurra (-2,98%) e Timbó (-2,08%).
Conforme o economista, a redução é explicada porque estes municípios não conseguiram acompanhar o crescimento dos demais, embora possuam um parque fabril representativo. "O que significa dizer que a participação dos municípios catarinenses que cresceram acima da média passaram a ocupar posições melhores no índice de retorno do ICMS", observa.
Apesar do quadro equilibrado, a região deve receber um pouco mais de retorno de ICMS para 2014, ou seja, 0,33% a mais no índice, que representa cerca de 10 milhões de reais, divididos aos 14 municípios do Médio Vale.
"Estamos trabalhando para voltar aos índices anteriores, o que nos coloca com uma representação de 12% do PIB estadual. No entanto, isso é um desafio, pois temos em Santa Catarina atividades como a geração de energia elétrica e o desempenho das operações de trading no Porto de Itajaí, que concorrem com a região industrial como a nossa e que também é segundo maior polo de recolhimento de ICMS do Estado", finaliza o economista.
Michele Prada, Ascom AMMVI.