Gestores públicos devem atentar para as condutas vedadas em ano eleitoral

Um dos temas centrais do XIV Congresso Catarinense de Municípios foi debatido no segundo painel da programação do dia 16 de março. Prefeitos, vice-prefeitos, vereadores, secretários e agentes políticos municipais participaram do debate sobre condutas vedadas em ano eleitoral, gastos com publicidade e regras para o encerramento do mandato.

O painel reuniu Marcelo Peregrino, advogado e ex-juiz eleitoral do Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina, Pedro Roberto Decomain, promotor de justiça do Ministério Público Estadual e Marcos Fey Probst, consultor jurídico da Fecam, sob a coordenação da primeira vice-presidente da Fecam, Luzia Coppi Mathias, prefeita de Camboriú.

Decomain fez o alerta aos gestores públicos para que olhem com cuidado para o artigo 73 da Lei das Eleições para evitar, de qualquer maneira, violar as proibições estabelecidas. Além de multa corre o risco da cassação do registro da candidatura e, se isso acontecer, não poderá seguir candidato na eleição e também ficará inelegível por mais oito anos.

Para o promotor de justiça o cenário que estamos vivendo hoje deve gerar, no mínimo, cautela de quem é administrador público. Se esta cautela gerar dúvida, aplique a solução da dúvida, ou seja, se não sanada não deve ser praticada.

Para Peregrino, os agentes públicos e os candidatos a reeleição devem se municiar de toda a ajuda possível com seus advogados, contadores, ir à Justiça Eleitoral, enfim buscar informações para que não pratique nenhum ato em contrariedade a legislação eleitoral. "A toda uma lista de condutas que são vedadas aos agentes públicos em período eleitoral", destacou.

Outras possibilidades, recomenda, é acessar o site do TRE, visitar o seu promotor de justiça da comarca, solicitar orientação ao procurador jurídico da Câmara ou eventualmente ao advogado do partido.

Para Peregrino a história da alteração da legislação eleitoral brasileira tem buscado restringir direitos políticos para combater a corrupção. "Temos que provar um pouco da liberdade, precisamos mudar o foco da questão para permitir o florescimento em sua plenitude dos direitos políticos", conclui.

Com informações da Fecam.