"No momento posso aprender para repassar às outras pessoas e futuramente, quando me aposentar, poderá se tornar um fonte de renda", diz a costureira Ingrid Glatz. Moradora da localidade de Ribeirão Souto, ela integra o grupo de 15 pessoas que estão participando do curso idealizado pela Epagri em parceria com a Prefeitura Municipal de Pomerode, através da Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente (Sederma).
O curso que ocorre nos dias 14 e 15 é ministrado pela extensionista da Epagri de São Francisco do Sul, Lena Maria de Souza. "Desenvolveremos de dois a três tipos de sabão que utiliza o óleo vegetal e gordura animal proveniente de abatedouros. Produziremos alguns produtos de limpeza, mais rentáveis e menos prejudiciais ao meio ambiente, com pouca utilidade de produtos químicos na hora da produção. Também serão produzidos sabonetes que contém extratos para a utilização em tratamentos de acne, hidratantes e rejuvenescedores."
O grupo formado por 15 pessoas existe há seis anos e pratica o artesanato. Para a coordenadora do grupo, Ana Ramers, a produção de material de limpeza será feita pelo grupo uma vez por semana. Ela informa que a princípio a venda dos produtos será informal e ressalta que os primeiros recursos provenientes serão destinados para melhoria do espaço e pagamento do investimento feito, já que a comunidade atuou na reforma do local voluntariamente.
De acordo com o secretário de Desenvolvimento Rural e Meio Ambiente, Nilton Machado, o objetivo do curso é capacitar o grupo para o melhor aproveitamento dos investimentos feitos através do Projeto Microbacias , intermediado pelo Governo do Estado e Epagri. A extensionista da Epagri, Roberta Ramos, que também participa do curso, diz que este é um projeto que integra o lado ambiental, social e econômico.
O agrônomo Adriano Schütz foi um dos executores do projeto. Nos anos 2007 e 2008, na função de extensionista do Projeto Microbacias, ele intermediou o pedido das agricultoras da comunidade de Ribeirão Souto e Ribeirão Luebke ao projeto. "Através do projeto foi liberado recurso na ordem de R$ 12 mil para a instalação e aquisição de equipamentos à unidade.
Conforme o prefeito, Paulo Maurício Pizzolatti, esta é uma ação onde a comunidade está utilizando um bem público de forma apropriada. "A partir desse trabalho, a rede pública poderá adquirir os produtos. Ele justifica que além de ser um trabalho ecologicamente correto, é um meio de renda.
A secretária de Educação e Formação Empreendedora, Neuzi Schotten, explica que a Prefeitura possui uma parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Regional (SDR) através do Programa "De Óleo no Futuro", onde o óleo vegetal coletado nas escolas é recolhido por uma empresa de Curitiba. "Com esta nova unidade, talvez possamos repensar e destinar as doações das escolas à comunidade de Pomerode".
Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Pomerode.