Cada vez mais gente nas praias

O turismo e as atividades produtivas que precisam dos portos para escoamento da produção são apontadas como as principais causas do crescimento populacional do Litoral Centro-Norte. De acordo com as estimativas populacionais deste ano e de 1998, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Litoral cresceu 43,02%, enquanto o Vale do Rio Tijucas tem 38,80% mais gente que tinha há 10 anos. O Médio Vale do Itajaí cresceu 23,18%, e o Alto Vale do Itajaí tem 13,48% mais moradores. O estudo do IBGE foi divulgado em agosto.

– As regiões litorâneas são locais que, por natureza, atraem mais a população. O destaque, que observamos na nossa região, fica por conta da necessidade de mão-de-obra, que acaba atraindo pessoas do interior do Estado, além do Paraná e Rio Grande do Sul – explica o assessor de Relações Governamentais da Associação dos Municípios da Região da Foz do Rio Itajaí (Amfri), João Luiz Demantova.

Em contrapartida ao crescimento elevado do Litoral, a expansão populacional do Médio Vale do Itajaí é considerada estável pelo presidente da Associação dos Municípios do Médio Vale (Ammvi), Olímpio José Tomio. Ele diz que apesar de ter ficado em terceiro lugar, o crescimento está baseado na estabilidade econômica da região, tendo Blumenau como pólo, mas com cidades em franca expansão, como Pomerode, Timbó e Indaial. Tomio cita também a migração da população entre os municípios do Médio Vale, que não aparece na contagem geral.


Estabilidade econômica traz crescimento da população

Entre o Litoral e o Médio Vale do Itajaí, está o Vale do Rio Tijucas, com crescimento de 38,8%. Segundo a professora de Gestão de Políticas Públicas da Univali, Adriana Marques Rossetto, este índice é justificado pela estabilidade econômica conseguida através de arranjos produtivos estruturados como a indústria calçadista em São João Batista, o setor cerâmico e da construção naval em Tijucas e a indústria têxtil em Brusque.

– Estas cidades conseguiram apresentar um crescimento significativo, independente do porte do município – destacou Adriana.

Fonte: Jornal de Santa Catarina, edição nº 11414, de 11 de setembro de 2008, editoria Geral.

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