Rio de Janeiro – O Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todas as riquezas produzidas no país, somou R$ 716,9 bilhões no segundo trimestre do ano, um crescimento de 6,1% em relação ao mesmo período do ano passado e 1,6% em relação ao primeiro trimestre. Com esse desempenho, o PIB acumula R$ 1,38 trilhão nos primeiros seis meses do ano, um crescimento de 6%, na maior variação semestral desde o primeiro semestre de 2004, quando a expansão foi de 6,6%. No ano passado, o PIB no primeiro semestre cresceu 4,9%. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) também reviu o crescimento do PIB do primeiro trimestre em relação ao mesmo período do ano passado, de 5,8% para 5,9%. A alteração foi motivada pelo desempenho do setor agropecuário, cujo crescimento foi revisado de 2,4% para 3%. Segundo a gerente de contas trimestrais do IBGE, Rebeca Palis, o PIB do segundo trimestre apresentou uma pequena aceleração em relação à expansão do primeiro trimestre, apesar do aumento da taxa efetiva Selic ao ano de 11,2% no primeiro trimestre para 11,7% ao ano no segundo trimestre. Segundo ela, a alta dos juros leva um tempo para ter efeito sobre a economia.
Conforme Rebeca, o aumento das despesas, neste caso, responde especialmente ao aumento de contratações. Como em ano eleitoral as contratações públicas têm que ser encerradas até 5 de julho, acabam se concentrando no primeiro semestre, com efeito sobre o PIB. Ela sublinhou também o forte efeito que o consumo das famílias, impulsionado sobretudo pela massa salarial e os investimentos, sob influência da produção de máquinas e equipamentos e a construção civil, teve sobre o PIB.
Data: 11 de setembro de 2008.
Veículo: Jornal de Santa Catarina.
Edição: 11414.
Editoria: Economia.