Após a descoberta da galeria subterrânea que obrigou a substituição do projeto e atrasou as obras, a construção do Viaduto da Mafisa passa por novo impasse. A desapropriação dos terrenos que darão lugar aos trevos de acesso ao viaduto ainda não foi concluída. Segundo a JM Terraplanagem, empresa responsável pela obra, os serviços podem ser interrompidos no mês que vem, caso os moradores não sejam indenizados.
A responsabilidade pela desapropriação de oito imóveis na Rua Dr. Pedro Zimmermann e imediações é da prefeitura de Blumenau. A demora no processo de liberação desses terrenos também tem sido motivo de dor de cabeça para comerciantes e moradores do local.
– Não posso fazer nada aqui porque não sei o que vai acontecer com o meu comércio. Não recebi proposta nenhuma e outros moradores que foram contatados afirmaram que os valores oferecidos são irrisórios – reclama Jair Bernardino Luiz, proprietário de um salão de beleza.
– Estamos de mão atadas porque não podemos investir no negócio nem ampliar. A última vez que o avaliador e o procurador estiveram aqui foi em março. Depois disso, não houve qualquer outro contato – afirma Jackson Wruck, dono de uma fábrica de engates e reboques.
Atualmente, 15 operários trabalham na construção das duas últimas vigas que darão sustentação ao viaduto, previsto para estar concluído até março do ano que vem. O engenheiro responsável pela obra, Oscar de Oliveira Reis Filho, no entanto, alerta:
– O viaduto só vai poder ser concluído com a desapropriação dos terrenos. Todo mundo cobra da gente, mas tá na hora de pressionar também a prefeitura, porque sabemos que o negócio tá parado. Daí, não tem como tocar pra frente.
Veículo: Jornal de Santa Catarina.
Edição: 11454.
Editoria: Geral.
Jornalista: Rafael Waltrick (rafael.waltrick@santa.com.br).