O Produto Interno Bruto (PIB) de Santa Catarina registrou alta de 2,6% em 2006 em relação ao ano anterior, crescimento abaixo da média nacional de 4%, mas suficiente para manter o Estado com o quarto maior PIB per capita do país e o primeiro da região Sul.
Segundo o levantamento do IBGE, SC produziu R$ 15.638 por habitante em 2006.
No grupo das oito unidades da federação que concentram 80% do PIB brasileiro, considerando o balanço do PIB total, SC garante o sétimo lugar, na frente apenas do Distrito Federal. O valor do PIB compreende a soma de todos os bens e serviços produzidos em uma região. Os dados foram divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que traçou um comparativo do período entre 2003 e 2006.
Entre os oitos primeiros estados brasileiros, Santa Catarina e Distrito Federal foram os únicos a trocarem posição no período. A partir de 2003, Santa Catarina passou a ocupar a 7ª posição e o Distrito Federal, a 8ª.
O PIB catarinense de 2006 a preço corrente fechou em R$ 93,2 bilhões, enquanto o do Distrito Federal ficou em 89,6 bilhões. São Paulo, com R$ 802,5 bilhões, e Rio de Janeiro, com R$ 275,3 bilhões, ocupam os primeiros lugares do ranking.
O Brasil somou R$ 2,37 trilhões em PIB a preço corrente em 2006. A média per capita nacional ficou em R$ 12.688 no ano.
O estudo realizado pelo IBGE aponta que em Santa Catarina o setor agropecuário vem se recuperando de problemas climáticos que ocasionaram perdas na safra de soja do Estado, com crescimento real de cerca de 32% em 2006.
A criação de suínos no Estado teve crescimento real de 24,5%, fruto da parceria entre os grandes frigoríficos e as pequenas propriedades rurais, sobretudo na região Oeste catarinense, onde encontram-se os maiores frigoríficos do país.
Concentração nos mais ricos reduziu o ritmo
Santa Catarina faz parte do grupo que concentra 80% do PIB brasileiro ao lado de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná, Bahia e Distrito Federal.
Mas segundo o levantamento do instituto, essa concentração nos Estados mais ricos caiu em um ponto percentual (ou R$ 23,7 bilhões) entre o período de 2002 e 2006, passando de 79,67% para 78,73%.
Nesse período, os estados da região Norte elevaram em 0,4 ponto percentual sua participação no PIB do país, enquanto o Sul recuou em 0,6 ponto percentual.
No ranking do PIB per capita, no entanto, o Distrito Federal e os estados do Sul e do Sudeste ainda aparecem com os maiores valores. Na outra ponta, os Estados com os piores PIBs per capita são do Nordeste – Piauí (R$ 4.213), Maranhão R$ 4.628) e Alagoas (R$ 5.164).
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Imagine tudo o que se produz num país. Seja no campo, na fábrica ou em qualquer outro lugar, até mesmo na padaria ou na farmácia. A soma de todos estes itens gera riqueza para a economia do país. Os especialistas chamam isto de Produto Interno Bruto, o PIB, que mostra a força da nação. |
PIB 2006 (ver anexo)
Veículo: Jornal Diário Catarinense.
Edição: 8257.
Editoria: Economia.
Página: 14