Ele tem a missão de elaborar uma proposta de reforma tributária que convença o país, depois de 20 anos de impasses, a reformular sua política de tributos. Relator da comissão instalada na Câmara para discutir o assunto, o deputado Sandro Mabel (PR-GO) diz estar com o projeto pronto para ser votado. Empenhado em conseguir o apoio de empresários e governadores, ele explicou os motivos para aprovar a reforma.
Diário Catarinense – Por que a comissão quer votar a reforma tributária ainda nesse ano?
Sandro Mabel – Estamos pressionando porque sabemos que, tanto nos estados quanto no Congresso, só se discute os assuntos quando eles vão para votação. Agora que a reforma está na pauta, todo mundo quer negociar. Vamos ouvir todos, mas não deixaremos o processo atrasar. O projeto está pronto e deve ser votado na comissão nessa semana, para já na próxima terça-feira começar a ser debatido no plenário da Câmara. Em março ou abril de 2009 queremos ter sancionado a reforma.
DC – Por que é importante votar a reforma agora, em plena crise mundial?
Mabel – Essa reforma baixa impostos, favorecer as empresas a continuar investindo, empregando. Enfim, mantendo o país em um ritmo importante, mesmo diante da crise financeira. Essa reforma é para combater a crise e estimular o desenvolvimento. Ela retoma o poder de competitividade da indústria brasileira, diminui os custos de investimentos e simplifica a legislação tributária. Só o ICMS, por exemplo, que hoje cada estado tem uma lei, vai passar a ser regulado pelo IVA Estadual.
DC – Mas os estados defendem a discussão da reforma apenas depois da crise. Qual o problema em prolongar o debate sobre as mudanças?
Mabel – Esse modelo está em discussão há 15 anos no país, não é novidade para ninguém. Essa história de postergar é conversa de quem não quer mudar.
Veículo: Jornal Diário Catarinense.
Edição: 8262.
Editoria: Economia.
Página: 23.
