A saudade deve ter tomado conta do governo ao anunciar o PIB do terceiro trimestre: nos 12 meses encerrados em setembro, a economia brasileira cresceu 6,3%, a maior taxa em 12 anos, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). E tão cedo esse recorde não deve ser batido, por causa da mais grave crise financeira em 70 anos.
Instituições financeiras ouvidas pelo Banco Central (BC) projetam um crescimento de 5,2% neste ano, o que indica uma forte desaceleração neste quadrimestre. Os primeiros sinais dessa queda já foram mostrados pelo IBGE. Em outubro, a produção industrial cresceu 0,76% em relação ao mesmo mês de 2007. A venda de carros novos caiu 25% em novembro, comparativamente ao mesmo mês do ano passado.
Para 2009, as previsões são piores: os bancos e o Fundo Monetário Internacional projetam expansão de 2,5% (veja mais na tabela abaixo).
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que o terceiro trimestre não será o último com crescimento forte no governo Lula. Segundo ele, apesar de ser esperada uma desaceleração da economia no quarto trimestre e em 2009, o País deve voltar a ter taxas expressivas de crescimento em 2010. "Pela situação da nossa economia, acredito que em 2010 voltaremos para as taxas de crescimento verificadas neste ano."
Veículo: Jornal A Notícia.
Editoria: Economia.
Página: 22.