BRASÍLIA – Depois de mobilizar sete ministros para socorrer as vítimas das enchentes, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva estuda a possibilidade de visitar Florianópolis na sexta-feira.
O Planalto apenas aguarda um balanço dos estragos, a ser feito pela equipe ministerial, para definir o pacote de recursos que deve ser divulgado ainda nesta semana. Enquanto isso, Lula é informado em tempo real sobre os efeitos da catástrofe.
Preocupado com o volume de mortos e desabrigados pelas chuvas, desde as primeiras horas da manhã de segunda-feira o Planalto começou a organizar a operação. Impressionado com os dados apresentados pelo ministro da Pesca, Altemir Gregolin, que estava no Estado, Lula ordenou ao ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, que também partisse.
O ministro da Integração Nacional já estava com Luiz Henrique na Casa D'Agronônica quando o celular tocou. Do outro lado da linha um presidente ansioso por detalhes o interrogou por 20 minutos.
– O presidente está muito comovido. Talvez por ter uma filha (Lurian Cordeiro Lula da Silva) morando aqui em Florianópolis – relatou Geddel aos integrantes do governo estadual que estavam na sala.
O Planalto pretende editar uma medida provisória liberando recursos à Defesa Civil depois que os ministros apresentarem a primeira análise dos estragos. Na manhã de ontem, Alfredo Nascimento (Transportes) e o general Jorge Felix (Gabinete de Segurança Institucional) se juntaram ao grupo de ministros e secretários de governo para sobrevoar as áreas alagadas. Por telefone, a bordo do helicóptero das Forças Armadas, Geddel, impressionado com a visão dos estragos, resumiu ao presidente:
– A imagem de devastação é assustadora.
Veículo: Jornal de Santa Catarina.
Edição: 11479.
Editoria: Geral.
Jornalista: Robson Bonin (robson.nonin@gruporbs.com.br).