NAVEGANTES – O trabalho das equipes de saúde nos municípios atingidos pelas enchentes e deslizamentos está somente no início. Num primeiro momento, os esforços foram para garantir os primeiros socorros aos feridos, o que ainda pode se prolongar à medida em que são localizadas novas vítimas. Agora, o desafio é ainda maior: garantir a saúde de toda uma população que volta para suas casas invadidas pela água e pela lama.
A principal preocupação é evitar a proliferação de doenças como a leptospirose, hepatite A, diarréia e febre tifóide, transmitidas pela água contaminada. Para atender a esta demanda, a Secretaria de Estado da Saúde montou uma força-tarefa. Segundo a secretária Carmem Zanotto, hoje a ação está concentrada em três frentes: atendimento às vítimas, recuperação da rede de saúde e acompanhamento da população das áreas atingidas.
– Temos situações de municípios que foram tomados pelas águas, que demoraram a baixar. Por isso, é necessário um cuidado redobrado com o consumo de água, com a limpeza das caixas d'água e o descarte dos alimentos que entraram em contato com a enchente.
Ontem, chegou ao Estado o primeiro lote do Ministério da Saúde de 10 toneladas de medicamentos e material hospitalar, que foi distribuído entre os municípios mais atingidos. Uma nova carga deve chegar nos próximos dias. No kit há remédios como antitérmicos, analgésicos, soro, curativos e de uso contínuo (para doenças como hipertensão e diabetes). Além disso, a Aeronáutica montará um hospital de campanha na região de Itajaí, com equipamentos e equipes médicas preparadas para atender à população.
Segundo a secretária, ainda não se tem um diagnóstico exato dos danos causados à rede de saúde nestes municípios.
Veículo: Jornal de Santa Catarina.
Edição: 11481.
Editoria: Geral.
Jornalista: Natália Viana.