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BLUMENAU – Apesar de o tempo ter melhorado um pouco, a grande tragédia que se abateu em Blumenau ainda registra estragos. Cinco pontes que dão acesso a quatro bairros estão totalmente destruídas. Outras 10 estão com problemas nas cabeceiras, mas operando em meia pista. Os desabamentos de prédios e casas ainda não cessaram.

Ontem de manhã, o prédio de uma revenda de veículos, na Rua Engenheiro Udo Deeke que, quarta-feira ameaçava desabar, caiu totalmente. Outro prédio e uma casa que ficam ao lado da construção estão prestes a cair. O proprietário da residência evacuou a casa há dois dias. Em frente a estes prédios, a rua cedeu e está interditada.

Também ontem de manhã quem passava pela Avenida Beira-Rio perto do Castelinho da Havan levou um susto. A calçada próxima à Ponte Adolfo Konder cedeu cerca de 30 centímetros e foi interditada pela Defesa Civil. Segundo o responsável pela infra-estrutura das pontes, Carlos Leite, um talude (placa superficial do solo) se desprendeu e provocou o rebaixamento da calçada. Na avaliação da secretaria de Obras, não há risco para circulação de veículos e pedestres na ponte.

As três pontes da região dos bairros Garcia e Progresso que foram totalmente destruídas, estão sendo substituídas por pontes modulares. O Exército iniciou a colocação das estruturas. Não se sabe qual o comprimento necessário para chegar até os locais. O coronel José Henrique Ruffo acredita que as pontes tenham capacidade acima de 30 toneladas. Uma terceira ponte também está sendo providenciada para o município de Gaspar. Não se sabe o local exato da instalação. É preciso primeiro fazer a limpeza das encostas.

O diretor de manutenção de bairros da Secretaria de Obras, Éder Marchi, observa ainda que cerca de 800 ruas de Blumenau estão total ou parcialmente interditadas. O número representa 10% do total de vias do município. Mas a cada dia este índice aumenta, em virtude de novos deslizamentos de terras.

Veículo: Jornal de Santa Catarina.
Edição: 11481.
Editoria: Geral.