O clima de pessimismo com os rumos da economia mundial e a extensão dos seus efeitos no Brasil norteou a votação do Orçamento 2009, aprovado, ontem, no Congresso Nacional.
A previsão de arrecadação de impostos para o próximo ano sofreu corte de R$ 6 bilhões, em relação ao projeto enviado pelo executivo ao legislativo. A proposta orçamentária original previa um valor total R$ 1.664,8 bilhões, entre arrecadação de impostos e demais receitas, e foi reajustada para R$ 1.658,3 trilhões.
Os cortes em despesas de custeio da máquina pública ficaram acima dos R$ 8 bilhões, além de mais R$ 400 milhões com despesas de pessoal e encargos. A proposta enviada pelo governo em agosto previa uma despesa com pessoal e encargos de R$ 169,2 bilhões. No orçamento aprovado, esse valor ficou em R$ 168,8 bilhões.
Pastas importantes sofreram corte de investimentos, como a da Educação, por exemplo, que, na proposta original apresentava um orçamento de R$ 41,6 bilhões e terá R$ 40,5 bilhões. Para o Ministério do Trabalho e Emprego, a previsão de R$ 42,9 bilhões se confirmou em R$ 42,1 bilhões.
Para compensar as perdas, o relator-geral do Orçamento, senador Delcídio Amaral (PT-MS), aceitou a sugestão feita pelo Ministério do Planejamento de incluir mais R$ 2,5 bilhões, que seriam apurados da venda de sucata da extinta Rede Ferroviária Federal (RFFSA) e direcionados para um Fundo de Estabilização Fiscal.
Veículo: Jornal Diário Catarinense.
Edição: 8291.
Editoria: Política.
Página: 12.